Dólar recua para R$ 4,15 e bolsa tem alta de 0,58%

26 de setembro de 2019 às 0h03

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MORGEFILE/DIVULGAÇÃO

São Paulo – O dólar encerrou em queda contra o real ontem, depois de ter passado boa parte do dia em alta, com agentes do mercado monitorando os desenvolvimentos do processo de impeachment contra o presidente norte-americano, Donald Trump, em meio a otimismo quanto às negociações comerciais EUA-China.

O dólar à vista teve queda de 0,35%, a R$ 4,1548 na venda. Na B3, o dólar futuro tinha desvalorização de 0,25%, a R$ 4,1535.

Na máxima intradia, a cotação foi a R$ 4,1955 na venda, maior patamar intradia desde 27 de agosto, enquanto na mínima tocou R$ 4,1509.

“É o fenômeno Trump. As atenções hoje (ontem) se voltaram totalmente ao cenário externo, com o impeachment do Trump e as afirmações dele sobre a China”, afirmou Jefferson Laatus, sócio fundador do Grupo Laatus

No dia anterior, a Câmara dos Deputados do país afirmou que iniciará um inquérito formal de impeachment contra o presidente Donald Trump, devido ao fato de ele ter pedido ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, em uma conversa telefônica ocorrida em julho, para investigar o ex-vice-presidente norte-americano Joe Biden.

Democratas acusam Trump, que buscará a reeleição no ano que vem, de solicitar ajuda da Ucrânia para difamar Biden, o pré-candidato presidencial democrata favorito, antes da eleição do ano que vem.

Em entrevista à CNBC, o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, disse que autoridades do Fed estão acostumados a lidar com incertezas políticas como pano de fundo de suas deliberações e que não espera que o inquérito de impeachment contra o presidente Donald Trump afete a condução da política monetária pelo Fed.

Ajudando a pressionar o dólar contra o real também estavam os desdobramentos positivos no conflito comercial entre EUA e China, com Trump afirmando que um acordo comercial com Pequim poderá acontecer mais cedo do que as pessoas pensam.

No exterior, as divisas pares do real, como rand sul-africano e peso mexicano, também se apreciavam contra o dólar, enquanto a moeda norte-americana avançava contra uma cesta de moedas, a 99,042.

Bolsa – Após registrar tendência negativa durante a maior parte da sessão, o Ibovespa fechou em alta, em linha com mercados norte-americanos, impulsionado também por desdobramentos positivos no conflito comercial entre Estados Unidos e China.

O Ibovespa subiu 0,58%, a 104.480,98 pontos. O volume financeiro da sessão somou R$ 14,1 bilhões.

Em Wall Street, o S&P 500 avançou 0,61%, em sessão também marcada por volatilidade no início do dia.

No plano doméstico, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo tem um plano de reforma tributária praticamente pronto, adicionando que a ideia é trabalhar a proposta em comissão mista de Câmara dos Deputados e Senado.

Destaques – VALE ON ganhou 1,98%, ajudada por decisão do Tribunal Superior inglês de que a mineradora pode prosseguir com a execução da sentença arbitral de US$ 2 bilhões contra a BSG Resources (BSGR) no país. Petrobras PN subiu 0,26%.
Banco do Brasil caiu 0,65%. Bradesco teve alta de 0,65% e Itaú Unibanco PN avançou 1,17%.

B2W ON caiu 3,75%, com o setor de varejo registrando viés negativo após ganhos fortes na véspera. Magazine Luiza ON perdeu 0,14%.

Via Varejo ON avançou 2,28%, sendo a exceção do setor. O maior acionista e presidente do conselho de administração da empresa, Michael Klein, está considerando vender a operação do Extra.com de volta para o GPA. (Reuters)

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