Das 450 milhões de cédulas de R$ 200 impressas no ano passado, 75.443.764 milhões estavam em circulação até a segunda-feira (12), conforme dados do Banco Central (BC).
As cédulas de R$ 200 são liberadas para circulação, segundo o BC, de acordo com a demanda e o ritmo de distribuição, por ora, dentro do esperado. Enquanto isso, o outro montante das cédulas que não está nas mãos da população fica em poder do governo.
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“O ritmo de utilização da cédula de R$ 200 vem evoluindo em linha com o esperado e deverá seguir em emissão ao longo dos próximos exercícios”, esclarece o Banco Central.
A nota de R$ 200 foi lançada no ano passado em meio à crise sanitária. Segundo informações da instituição, é a sétima da família do real e a primeira cédula de um novo valor em 18 anos. A mais recente até então, a de R$ 20, foi lançada em 2002.
Perguntado sobre a previsão para impressão de novas notas de R$ 200 em 2021, o BC esclareceu apenas que o contrato de fornecimento de cédulas para este ano está em fase de análise, “sem qualquer definição de quantidades no momento e nem previsão para data, para emissão e para distribuição”.
De acordo com a área econômica, a pandemia da Covid-19 foi um dos motivos para o aumento da procura por cédulas no ano passado, o que levou o Banco Central a lançar uma nova nota da família do real.
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Para o Banco Central, a crise pandêmica levou as pessoas a “entesourar” recursos em casa, ou seja, manter reserva em cédulas — algo que também aconteceu em outros países.
Outro motivo apontado pela instituição para a criação da cédula foi a necessidade de fazer frente ao pagamento do auxílio emergencial.
Boa parte dos beneficiários, sobretudo os de menor renda, preferiu sacar o benefício em espécie nos primeiros lotes. Depois, em um segundo momento, a Caixa Econômica Federal facilitou a transferência dos recursos e o pagamento de contas.
Custo de produção da nota de R$ 200
Segundo o Banco Central, a nova cédula, apesar da baixa utilização, é a que custa mais caro — ao preço de R$ 325 por milheiro. O valor desembolsado no ano passado pelo Banco Central foi de cerca de R$ 146 milhões na produção das 450 milhões de unidades.
Depois da cédula de R$ 200, a de mais cara produção é a de R$ 20, com custo estimado, em 2020, de R$ 309 o milheiro. Os valores estão sujeitos à variação do dólar, esclareceu o BC.
Falsificação
Conforme dados do Banco Central, até o fim de 2020, 3.391 cédulas de R$ 100 falsificadas foram retiradas de circulação apenas em Minas Gerais. Até o momento, a instituição não tem informações nem dados atualizados a respeito de falsificações das cédulas de R$ 200. Em todo o Estado, já foram recolhidas mais de 13.500 cédulas falsas entre valores de R$ 2 a R$ 100.