App Kyte oferece gestão e vendas pelo celular
2 de abril de 2021

Nem o cartão de crédito e nem os meios digitais de pagamento foram capazes de acabar com uma prática global tão antiga como primordial para os pequenos comércios de bairro: o fiado. O velho hábito de “anotar na caderneta” se mantém vivo no mundo todo, mas a gestão e o controle desse “modelo de financiamento” podem ser modernizados aproveitando as funcionalidades do mundo digital.
A proposta da plataforma de vendas e gestão Kyte é que o comerciante, utilizando apenas um aplicativo de celular, faça a gestão, lançando as vendas no fiado, sejam elas feitas presencialmente, por Whatsapp ou pela própria lojinha virtual que ele tem no app. A partir disso, ele pode emitir comprovantes com indicadores de quanto ficou faltando e ir acompanhando a conta do cliente, vendo sempre que ele fizer pagamentos parciais ou totais.
De acordo com o head of Growth da Kyte, Ivan Farias, a empresa nasceu focada nos pequenos comerciantes, que têm problemas muito parecidos no mundo inteiro. Por isso, a empresa já teria nascido global. Atualmente a marca tem presença no Sudeste da Ásia, Estados Unidos, México e outros países da América Latina, além do Brasil.
“A Kyte nasceu como um spin-off de uma empresa de software tradicional e a ideia era atender o pequeno empresário, aquele que nem tem computador, tem apenas um celular. A maioria precisa de controle de vendas, emitir recibos, controlar o estoque. Durante a pandemia, o fiado funcionou de duas formas: a tradicional, pagando depois, e também vendendo créditos da loja. Isso ajudou a levantar o caixa dos estabelecimentos no início da pandemia. Março de 2020 foi um momento de incertezas para nós também. A nossa base de clientes caiu muito nos primeiros 15 dias de fechamento do comércio. Tivemos que pensar como agregaríamos valor para um público que também tinha muitas dúvidas. Pegamos as ferramentas de vendas da nossa versão paga e liberamos para a gratuita para ajudar nas vendas. Vendíamos gestão e passamos a focar nas ferramentas de venda. Daí começamos a crescer. Fechamos o ano com crescimento de 310% de faturamento e alcançamos a marca 40 mil usuários, saindo de uma base de 6,5mil”, explica Farias.
Investimento
Na primeira semana de março, a empresa anunciou um aporte de R$ 5,5 milhões realizado pelos fundos DGF Investimentos, Caravela Capital e Honey Island Capital. Atualmente, o app da Kyte tem operações em 143 países que registram um volume médio de 2,7 milhões de vendas por mês.
Minas Gerais está em terceiro lugar no ranking dos estados mais presentes na plataforma, contando com 9,5 mil usuários ativos nos últimos 30 dias. 63% desse público é formado por mulheres e a faixa etária predominante está entre 25 e 34 anos. Entre as cidades mineiras que mais utilizam o serviço, além da Capital, estão: Betim, Santa Luzia e Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH); Uberlândia, no Triângulo; Montes Claros, no Norte de Minas; e Juiz de Fora, na Zona da Mata.
“Muitos coletivos passaram a utilizar a plataforma. O fiado entrou para a era digital. Entre os setores vimos crescer muito a venda de cosméticos, alimentação e sexshops. Para 2021 queremos ampliar o nosso alcance, trabalhando com outros dispositivos, novos recursos, integração de canais de venda. Vislumbramos um crescimento de 300%, dobrando o número de usuários pagantes. O objetivo é conseguir trazer as redes sociais para o universo off-line, de uma forma simples e intuitiva”, anuncia o head of Growth da Kyte.

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