Priorizar as emoções pode levar ao sucesso

Pessoas devem estar no centro de tudo

9 de julho de 2022 às 0h27

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Em uma transformação bem-sucedida, os líderes investem na construção de condições para o sucesso, afirma Errol Gardner | Crédito: divulgação / Ernst & Young

Mudanças corporativas bem-sucedidas dependem de ações e decisões totalmente racionais, sendo que a emoção pode comprometer o sucesso da empreitada. Certo? Não é bem assim. Priorizar as emoções pode ser a chave para o sucesso da transformação nos negócios.

Pesquisa feita pela EY e Universidade de Oxford aponta que o sucesso ou o fracasso de uma transformação de negócios dentro de uma empresa são baseados em emoções humanas. A pesquisa, divulgada na semana passada, foi realizada com 935 líderes de companhias e 1.127 trabalhadores de escalões inferiores, distribuídos em 23 países e 16 setores da indústria.

Os resultados mostram que os líderes que priorizam as emoções da força de trabalho em suas transformações têm 2,6 vezes mais chances de serem bem-sucedidos do que aqueles que não priorizam o lado emocional. Além disso, mais da metade dos entrevistados (52%) afirmou que suas empresas prestaram todo o apoio emocional em decisões e mudanças complexas nas organizações. Por outro lado, em situações em que os resultados foram negativos, foi verificado um forte aumento na tensão emocional das pessoas.

A transformação bem-sucedida é fundamental para a prosperidade e o desenvolvimento das organizações. A pesquisa constata que o impulso pelas mudanças está crescendo nos últimos anos, com 85% dos entrevistados envolvidos em duas ou mais grandes transformações nos últimos cinco anos. Ao mesmo tempo, o índice negativo para projetos de transformações permanece alto, sendo que 67% dos entrevistados tendo vivenciado pelo menos uma transformação de baixo desempenho nesse ciclo de cinco anos.

“Em uma transformação bem-sucedida, os líderes investem desde o início na construção de condições para o sucesso, tanto em nível racional quanto emocional. Em contrapartida, a tensão emocional que líderes e funcionários experimentam em uma transformação fracassada acarretam um alto custo humano”, afirma o vice-presidente global da EY, Errol Gardner. “A chave para transformar o fracasso da transformação em sucesso depende da capacidade das organizações e de seus líderes redesenharem completamente as transformações tendo como centro as pessoas”, completa Gardner.

Opinião semelhante tem o diretor da Universidade de Oxford Andrew White: “Trazer emoções para o coração da transformação aumenta significativamente a chance de sucesso e protege o bem-estar das forças de trabalho.”

“Os líderes sabem que suas organizações precisam se transformar, mas muitos estão inquietos com a perspectiva de mudança. Ao aproveitar o poder racional e emocional de suas pessoas, eles podem garantir um sucesso mensurável das transformações de sua organização”, afirma o líder global de Gestão de Pessoas da EY, Norman Lonergan. “Os resultados positivos surgem quando há boa comunicação, visão compartilhada, gerenciamento das jornadas emocionais e capacitação das pessoas para transformação da visão em realidade”, completa. (Agência EY)

CONCLUSÕES

O sucesso da transformação, independentemente do porte, depende de seis fatores. São eles:

1) Adaptar e nutrir habilidades de liderança: A força de trabalho classifica a liderança como o principal motor, independentemente do sucesso ou fracasso da transformação.

2) Criar uma visão inspiradora na qual a força de trabalho possa acreditar: Quase metade (49%) dos entrevistados que estiveram presentes em uma transformação de alto desempenho afirmou que os objetivos colocados para eles eram claros e convincentes.

3) Construir uma cultura que abrace e empodere a opinião de todos: Os líderes precisam aproveitar as emoções certas para manter os trabalhadores engajados e motivados, ao mesmo tempo em que fornecem apoio emocional suficiente para prevenir problemas relacionados à ansiedade e estresse no trabalho.

4) Estabelecer responsabilidades claras: A corporação deve fornecer a estrutura e a disciplina, bem como a liberdade criativa de explorar e inovar, ao mesmo tempo em que criam autonomia para a organização executar as transformações.

5) Usar a tecnologia para conduzir a ação visível: Os líderes devem provar o valor de novas abordagens habilitadas para a tecnologia precocemente e recrutar influenciadores iniciais para trazer a força de trabalho junto.

6) Encontrar as melhores maneiras de se conectar e cocriar: É necessário que as corporações criem um espaço seguro onde novas formas de trabalho possam surgir para aumentar a inovação, o engajamento e o trabalho satisfatório.

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