Governo federal contabiliza alta real de 1,92% na arrecadação

25 de junho de 2019 às 0h17

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Malaquias destacou a participação do Imposto de Renda - Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil

Brasília – A arrecadação das receitas federais somou R$ 113,278 bilhões em maio, informou ontem a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Economia (SRF). Houve aumento real (descontada a inflação) de 1,92%, na comparação com o mesmo mês de 2018. Esse foi o maior resultado para o mês de maio desde 2014, quando a arrecadação chegou a R$ 116,237 bilhões.

No acumulado do ano (de janeiro a maio), as receitas federais totalizaram uma arrecadação de R$ 637,649 bilhões, um aumento real de 1,28% em relação ao mesmo período de 2018, quando haviam sido arrecadados R$ 603,400 bilhões.

Entre os setores da economia, contribuíram para o aumento na arrecadação a venda de bens e de serviços, que cresceram 2,35% e 0,93%, respectivamente, nos cinco primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a arrecadação vinculada à produção industrial acumula queda de 2,05% nos cinco primeiros meses de 2019, na comparação com o mesmo período de 2018.

Em maio, as receitas administradas por outros órgãos (principalmente royalties do petróleo) totalizaram R$ 2,535 bilhões. As receitas administradas pela SRF (como impostos e contribuições) chegaram a R$ 110,753 bilhões, uma variação real de 1,84% em relação a abril do ano passado.

Entre os fatores que contribuíram para a arrecadação federal em maio estão o Imposto de Renda e a contribuição social sobre o lucro das empresas, que cresceram, em termos reais (descontada a inflação), um total de 5,77% em relação a maio do ano passado.

“Como a arrecadação do Imposto de Renda é bastante expressiva na participação da arrecadação total, esse valor de 5,77% ajuda a explicar um pouco esse balanço positivo de 1,84% que nós tivemos de resultado final das receitas administradas pela Receita”, explica o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias.

Segundo a Receita Federal, a arrecadação do Imposto de Renda retido na fonte sobre rendimentos de capital, devido aos resgates de aplicações em renda fixa e em fundos de renda fixa, cresceu 23,47% no mês de maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. O Imposto sobre Produtos Industriais (IPI) que incide sobre importação de bens também registrou crescimento expressivo em maio, de 9,61%, na comparação com o mesmo período de 2018.

Por outro lado, o mês de maio de 2019 registrou redução, em relação ao mesmo período de 2018, do montante recolhido a título de parcelamentos especiais de dívidas tributárias e também dos impostos Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) e Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre óleo diesel, nesse último caso por causa da redução tributária concedida pelo governo no acordo com os caminhoneiros, após a greve da categoria no ano passado.

O resultado da arrecadação do governo é importante porque interfere no cumprimento da meta fiscal. Em 2019, o governo prevê um déficit de até R$ 139 bilhões. (ABr)

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