Azul faz proposta por ativos da Avianca

12 de março de 2019 às 0h05

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Acordo entre as companhia depende ainda de diligência - REUTERS/Sergio Moraes

Brasília – A companhia aérea Azul informou ontem que assinou uma proposta de aquisição de ativos da Avianca Brasil, que incluem aviões e slots. A aquisição soma US$ 105 milhões. De acordo com o comunicado, a aquisição envolve o direito de a Azul usar 30 aeronaves Airbus 320 da frota da Avianca Brasil e a cessão de 70 slots de aeroportos hoje ocupados pela Avianca.

Segundo o comunicado ao mercado, a aquisição será por meio de uma Unidade Produtiva Isolada (UPI). O mecanismo é previsto na Lei de Falências e Recuperações Judiciais para venda de ativos rentáveis de companhias que enfrentam problemas financeiros. Pela proposta, a Avianca seria desmembrada e uma parte da empresa constituída por meio de UPI seria comprada pela concorrente.

A proposta não é vinculante, mas pode gerar um aporte considerável de recursos para a Avianca que, desde dezembro, está em recuperação judicial, com dívidas de cerca de R$ 500 milhões.

A Azul informou ainda que o acordo depende de uma diligência sobre os ativos da Avianca. A compra também deve passar pela análise dos órgãos reguladores, dos próprios credores da Avianca. O processo deve durar três meses.

A Avianca Brasil afirmou em comunicado à imprensa que a estrutura da UPI “ainda será definida. A empresa reforça que nenhuma venda foi concretizada. A companhia esclarece também que o número exato de aeronaves e de slots que irá compor esta nova empresa está em processo de definição”.

A Avianca Brasil afirmou ainda que o acordo assinado com a Azul prevê um investimento prévio para que possa manter sua operação até a realização do leilão de venda da UPI, que será agendado pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. O valor deste investimento não foi informado.

A Azul, que enviou comunicado ao mercado sobre a transação, está em período de silêncio, antes da divulgação de seus resultados de 2018, previstos para quinta-feira (14).

Rentabilidade – Segundo uma fonte que preferiu não ser identificada, o valor proposto para o negócio “nasce da rentabilidade que a empresa pode ter com a operação”. A Azul ficará com o pessoal da Avianca Brasil que já está encarregado pelas operações dos slots envolvidos na transação, informou a fonte.

“São slots que a empresa (Azul) não conseguiria ter sozinha. Sobre o restante da operação da Avianca, se a Azul quiser aumentar ela poderá fazer sozinha fora deste locais”, disse a fonte .

Gol – A companhia aérea Gol informou ontem a suspensão temporária das operações comerciais com aeronaves 737 Max 8, um dia após a queda de um avião do mesmo tipo na Etiópia, que matou 157 pessoas.

Em comunicado, a companhia avisou que os clientes com viagens previstas em aviões 737 Max 8 serão comunicados e reacomodados em voos da própria empresa ou de outras companhias e explicou que a decisão foi previamente comunicada à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A empresa continuará operando os destinos internacionais de longo curso com os aviões Boeing 737 NG. Sete das 121 aeronaves Boeing operadas pela companhia são do modelo 737 Max 8.

Mais cedo, o órgão de defesa do consumidor Procon-SP afirmara que iria pedir para a Gol suspender operações com os Boeing 737 Max 8, alegando risco à vida dos passageiros.

O desastre de domingo envolveu uma aeronave operada pela Ethiopian Airlines e caiu minutos após decolar de Addis Abeba. O mesmo modelo, operado pela Lion Air, caiu na costa da Indonésia em outubro, matando todas as 189 pessoas que estavam no avião.

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