Governo adota procedimentos para evitar doença

29 de fevereiro de 2020 às 0h12

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Crédito: Divulgação

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih) enviou comunicado aos associados de todo o País recomendando a adoção das medidas indicadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com o objetivo de impedir que o novo coronavírus se dissemine pelo território nacional.

Evitar contato físico muito próximo, lavar as mãos com frequência e após cada atendimento, disponibilizar nas dependências dos estabelecimentos álcool gel para que todos possam manter as mãos limpas e descontaminadas são algumas recomendações repassadas aos hotéis do País.

O presidente da Abih Nacional, Manoel Linhares, disse que é com esses procedimentos que se poderá reprimir o avanço desse vírus. “Surgiu um caso em São Paulo até agora, não é muito alarmante, mas a precaução é tudo”, afirmou.

Outros pontos indicados para adoção incluem maior rigor na higienização de banheiros e locais de uso público e mais cuidado no manuseio de roupas sujas e de objetos de uso pessoal como talheres, pratos, copos ou garrafas, além de ações para desinfetar com detergente áreas de grande manuseio, como corrimãos e maçanetas. As iniciativas visam proteger todos os funcionários dos hotéis, “desde o mensageiro à recepção, passando pelo pessoal da copa. Toda a equipe que trabalha dentro do hotel”, destacou Linhares.

Indagado qual deveria ser o comportamento de um hotel que recebesse turistas oriundos de países onde foram confirmados casos de coronavírus, o presidente da Abih Nacional afirmou que o estabelecimento não pode deixar de receber. O segredo é fazer a precaução. “Não podemos fechar as portas para ninguém. Não podemos discriminar”.

Linhares reiterou que apesar de não haver motivos para alarde, porque os especialistas ainda não sabem como o coronavírus se comporta em ambientes tropicais como o Brasil, é preciso atuar firmemente na prevenção de novos casos.

Agências de viagens – A Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) está repassando aos estabelecimentos do setor todas as informações oficiais relativas ao coronavírus, principalmente para que eles tenham dados para transmitir para seus clientes, disse na quinta-feira (27) a entidade, por meio de sua assessoria de imprensa. De acordo com a Abav, nenhuma localidade está com sua fronteira fechada e não há proibição para viajar para qualquer lugar.

Apesar disso, as agências estão atendendo os passageiros que, por conta própria, não querem correr riscos viajando para países onde há casos de coronavírus. A Abav explicou que as políticas de remarcação não são das agências de viagens e, sim, dos fornecedores, entre os quais se incluem companhias aéreas, hotéis, locadoras de automóveis.

A Abav tem pedido aos fornecedores que não estabeleçam multas para os casos de remarcação de viagem, tendo em vista os casos confirmados do novo coronavírus, inclusive um no Brasil, o primeiro na América Latina. A orientação dada pela entidade é que não imponham taxas nesse momento; que coloquem opções de novas datas e novos roteiros sem custo adicional para os clientes.

A associação acredita que esse vírus logo será contido e não há motivo para pânico, porque isso só vai piorar a situação.

Procon – O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Carioca) está orientando os brasileiros que têm passagens compradas para outros países e que decidam desistir da viagem com medo de contaminação pelo coronavírus que entrem em contato com a empresa aérea ou agência de viagem para pedir o cancelamento.

O presidente do Procon Carioca, Benedito Alves, orientou que se o surto da doença tiver sido confirmado na localidade de destino do viajante brasileiro, este tem duas opções. “Trocar, sem ônus, a passagem para outro dia e local ou obter o reembolso integral do valor que pagou”. Alves afirmou que o consumidor não deve pagar nenhuma taxa adicional por isso, porque o cancelamento se deu em razão de uma doença que, repentinamente, afetou a região.

Benedito Alves disse que se o consumidor não conseguir uma solução com a empresa aérea ou com a agência de viagem, ele deve procurar auxílio do Procon Carioca através do telefone 1.746, do site; ou das redes sociais do órgão.

Planos de saúde – A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) divulgou nota comunicando que está acompanhando as iniciativas do Ministério da Saúde referentes ao coronavírus. A entidade informou que esse assunto ultrapassa os limites de atuação das operadoras de planos de saúde e tem orientado as empresas associadas a atuarem em consonância com as melhores práticas de políticas públicas, visando mitigar os impactos da epidemia do Covid-19 (coronavírus) no Brasil e no mundo.

“Neste momento de comoção mundial, as operadoras de planos de saúde têm enviado comunicados aos seus beneficiários e colaboradores explicando como devem agir para prevenirem a transmissão da doença e quais são os principais sintomas do Covid-19”, diz a nota.

A Abramge representa institucionalmente as empresas privadas de assistência à saúde do segmento de medicina de grupo junto aos órgãos federais, estaduais e municipais que atuam no País. A modalidade cobre hoje mais de 20 milhões de beneficiários, ou seja, 30% dos cerca de 70 milhões de clientes da saúde suplementar brasileira. (Com informações do MTur)

Brasil tenta evitar escassez de itens de segurança

O secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, esteve em reunião com representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo) na manhã de sexta-feira (28) para detalhar os termos das ações para evitar a escassez de itens de segurança e de prevenção contra o novo coronavírus no Brasil.

“Foi boa a sinalização do pessoal da Abimo. Estou bastante otimista”, disse Gabbardo.
Segundo Gabbardo, o encontro é para explicar as necessidades urgentes de estoques de máscaras e aventais, por exemplo, e que as empresas precisarão priorizar a venda de tais itens para a rede pública de saúde do País. De acordo com secretário, empresas desistiram de licitação com o governo para exportarem sua produção. Por outro lado, a rede pública de saúde já começou a enfrentar a escassez desses itens.

Em coletiva de imprensa na quinta-feira (27), Gabbardo levantou a possibilidade de usar meios jurídicos para apreender esses produtos e assim evitar o desabastecimento no mercado interno. “Se necessário, vamos impedir a exportação desses produtos e se for necessário vamos solicitar a apreensão dos produtos na própria fábrica”, disse.

O Brasil tem um caso confirmado de infecção pelo novo coronavírus e mais de 130 casos suspeitos, com expectativa de que esse número aumente para aproximadamente 300 casos. Dentre os casos já suspeitos contabilizados, 70 são na região Sudeste, 10 na região Centro-Oeste, 37 na região Sul, 15 na região Nordeste e nenhum caso suspeito na região Norte. Na China, a doença Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, já matou mais de 2.700 pessoas. (Com informações do MTur)

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