Altas Temperaturas

Onda de calor aquece demanda de aparelhos e serviços de climatização

Procura por esses aparelhos no 2º semestre já acumula alta de 38% na comparação com 2022 em todo o Brasil

21 de novembro de 2023

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A Casa do Vento registrou aumento de 25% na venda de ventiladores e exaustores; estoques já estão baixos | Crédito: Divulgação / Casa do Vento

A onda de calor que atingiu Minas Gerais nas últimas semanas, com temperaturas acima dos 35°C e sensação térmica chegando a ultrapassar os 40ºC, proporcionou um aumento de demanda surpreendente para os negócios do setor. O calorão é consequência do fenômeno El Niño e atingiu as regiões Sudeste e Centro-Oeste do País.

De acordo com informações da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), no segundo semestre, as vendas de aparelhos de ar-condicionado já acumulam alta de 38% na comparação com o ano passado em todo o Brasil.

Levantamento da GetNinjas, aplicativo de contratação de serviços, mostra que no Estado a procura por manutenção de aparelhos de ar-condicionado aumentou 296,3% se comparado com o mesmo período no ano passado. De setembro para outubro, o crescimento foi de 15,5%.

A plataforma de compra e venda de itens usados OLX levantou que as altas temperaturas provocaram uma verdadeira corrida por aparelhos relacionados a climatização e ventilação. No levantamento feito pela plataforma, dos dias 8 a 15 deste mês, a procura por ar-condicionado aumentou 20% quando comparado com a semana anterior (31/10 a 7/11). O ar-condicionado registrou também alta de 1.630% nas vendas no mesmo período. 

Já os ventiladores, apesar de ser o segundo item mais procurado, registraram aumento de 9.300% nas vendas de uma semana para outra. E os climatizadores também tiveram alta de 57% na procura e 5.100% nas vendas. O levantamento também apurou cerca de 10% no aumento dos preços dos produtos.

“Houve uma mudança de comportamento do consumidor na plataforma durante os períodos de altas temperaturas, com o crescimento no interesse e nas vendas de aparelhos que amenizam o calor. Com até 44% de economia em relação ao novo, os usuários recorreram aos usados para enfrentar o calor sem ter que gastar muito”, comenta a diretora-geral da OLX, Regina Botter.

A corrida pelos aparelhos também teve reflexo nas empresas de prestação de serviço do setor e nas lojas físicas.  Na Teclar Climatização, empresa que oferece manutenção e instalação de ar-condicionado e limpeza, o movimento quintuplicou. Paola Freitas, uma das sócias da empresa, conta que há mais de 1 mil mensagens no aplicativo de atendimento aguardando para serem respondidas e que, por dia, têm recebido 300 ligações de clientes solicitando os serviços da empresa. 

Devido ao aumento da demanda, a empresa, inclusive, abriu quatro vagas de emprego. Uma para atendimento comercial interno e três para atendimento externo. “A gente tem quase 11 anos de mercado. Em 11 verões, este é o que estamos registrando demandas recordes”, avalia. Ela conta que o movimento, normalmente, começa aumentar em outubro, mas que em 2023, “foi o novembro de demanda mais aquecida”, revela.

A Casa do Vento, empresa especializada na venda de ventiladores e exaustores, a demanda também explodiu. De acordo com a proprietária da loja, o aumento foi de 25%. Ela conta que o estoque está caindo e que as fábricas já informaram que não conseguirão repor. “Ainda temos portáteis, e o modelo de pé, mas pouca coisa. Ventiladores de teto ainda temos um estoque relativamente bom, mas o consumidor precisa ficar atento já que as fábricas não conseguirão atender a demanda”, comenta Nathalia Campanelli. E a Organização Meteorológica Mundial (OMM) estima que os efeitos devam ser sentidos pelo menos até abril do próximo ano.

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