RMBH terá fábrica de painéis de energia solar

25 de abril de 2020 às 0h20

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Crédito: Divulgação

Com a homologação do aeroporto-indústria de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a Amerisolar Brasil, joint venture entre a Nova Renováveis e a chinesa Amerisolar, entrará, nos próximos meses, em sua segunda fase de operação. Instalada desde o início do ano no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, a multinacional que, até então, apenas importava e comercializava equipamentos de energia solar, passará agora a produzi-los em território mineiro.

De acordo com o CEO da Amerisolar Brasil, Gustavo Henrique de Almeida, a parceria firmada com o aeroporto-indústria de Confins e a certificação do aeródromo pela Receita Federal como primeiro equipamento do tipo do Brasil, foram fundamentais para o avanço das etapas de operacionalização da empresa. Embora não tenha revelado os aportes para a instalação na RMBH, o executivo revelou que a mineira será a maior produtora de equipamentos de energia solar do País.

“Basta ver o tamanho da Amerisolar no mundo. Ela está entre as top 10 em energia solar da China. Para se ter uma ideia, a capacidade instalada de energia fotovoltaica no Brasil representa metade da produção anual da fábrica da Amerisolar naquele país”, ressaltou.

Capilaridade – Ainda conforme ele, a empresa, que já possui seis unidades ao redor do mundo, quer alavancar a produção nacional dos equipamentos e valorizar ainda mais o segmento no Brasil, dado o potencial do setor nacional. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil possui 30% mais eficiência em produção de energia solar que a Alemanha, país considerado o principal produtor em energia limpa do mundo.

“Seremos a sétima fábrica da empresa, que já possui unidades na China e Austrália. Vai ser a primeira fábrica com produção massiva de painéis para o mercado nacional e com exportação para os Estados Unidos”, revelou.

A instalação e operação no aeroporto-indústria vai possibilitar que a empresa importe o material e o utilize em uma área isenta de tributos, influenciando diretamente no custo final.

A produção está prevista para ser iniciada no fim de junho e a previsão é de que cerca de 30 mil painéis sejam fabricados por mês. Conforme Almeida, com contratos vigentes e novas captações, a empresa já tem elevada demanda tanto para comercialização no mercado nacional quanto para exportações. “A ideia é faturarmos R$ 100 milhões apenas neste primeiro ano de atuação”, revelou.

Ao lado da Clamper (especializada em dispositivos elétricos), a Amerisolar Brasil foi a segunda empresa a se instalar no entreposto aduaneiro, que começou a ser desenhado pelo governo de Minas Gerais ainda no início dos anos 2000.

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que até meados de 2014 era a única administradora do terminal de Confins, tentou licitar as áreas para indústrias, mas não obteve sucesso. Após assumir a concessão, a BH Aiport fez algumas alterações no projeto e, enfim, conseguiu tirá-lo do papel.

Conforme já publicado, o funcionamento do aeroporto-indústria promete elevar a participação do transporte de cargas nas receitas da concessionária dos atuais 10% para aproximadamente 40% e atrair investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão para Minas Gerais, por meio da atração de empresas de alto valor agregado para a área alfandegada do aeroporto nos próximos anos.

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