Sem infraestrutura, BH terá longa espera pelo 5G

15 de agosto de 2019 às 0h10

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Crédito: Reprodução

Em um momento de transformação digital e no contexto da nova economia, apesar de uma demanda crescente por conectividade e mobilidade e de investimentos de R$ 30 bilhões por ano no País, o setor de telecomunicações ainda enfrenta obstáculos para disponibilizar serviços de internet com qualidade, especialmente na Capital.

A falta de ambiência para investimentos em estrutura de telecomunicação no município, que deve se tornar ainda mais difícil com a chegada da tecnologia 5G, é um dos principais motivos para que Belo Horizonte tenha ocupado a 97ª posição dos 100 municípios brasileiros que estão no ranking “Cidades Amigas da Internet 2019”.

Dados da Pesquisa TIC Domicílios de 2017 apontam que 96% dos usuários de internet acessam a rede pelo smartphone e que 73% do tempo on-line dos brasileiros é gasto com dispositivos móveis. Nesse cenário de crescimento de demanda e de novos serviços, o diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), Ricardo Dieckmann, avalia que é fundamental o desenvolvimento da infraestrutura, que precisa ser acompanhado por uma flexibilização da legislação por parte dos municípios.

“As legislações antigas foram criadas em outro momento, no qual a demanda de serviços era muito diferente. As empresas tentam se adequar às legislações e fazem pagamentos de medidas compensatórias, mas, mesmo que algumas vezes consigam dar o mínimo de qualidade possível para os usuários, é preciso arcar com um custo e um ônus extremamente excessivos”, afirma.

Segundo Dieckmann, a demanda das empresas de telecomunicação é uma lei mais assertiva para regulamentar a implantação da infraestrutura, especialmente a instalação de antenas de celular e internet móvel, além de segurança jurídica, uma vez que a competência federal já é tratada pelo órgão regulador.

“É uma questão de querer fazer algo em prol da população. O que queremos da prefeitura é que ela cumpra a lei. Ao impor condições de afastamento entre as torres e de impedimento de instalação em determinadas regiões ou bairros, ela não está exercendo apenas o direito local e sim influenciando sobre telecomunicações”, explica.

Mobilização – Para debater a importância das telecomunicações para a indústria e mostrar que o setor é uma ferramenta indispensável no caminho rumo a uma transformação da economia, o Sinditelebrasil, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), vai organizar um seminário no final de setembro em Belo Horizonte.

O evento vai pontuar a relevância das redes móveis, principalmente a tecnologia 5G, para inovações como cidades inteligentes, indústria 4.0 e internet das coisas (IoT), além dos benefícios da conectividade para a indústria e para a gestão da cidade.

“Buscamos o esclarecimento da população para que ela seja também agente da mudança e cobre dos representantes do poder público. Com a falta de conectividade, Belo Horizonte não vai conseguir acompanhar essas tecnologias nem as demandas básicas de tecnologia do dia a dia dos moradores”, destaca Ricardo Dieckmann.

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