Vendas da Páscoa serão as piores dos últimos anos

7 de abril de 2020 às 0h08

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Créditos: Marcelo Camargo/ABr

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) estima que as vendas de Páscoa devem ser mais fracas na comparação com anos anteriores, devido a ocorrência da pandemia de coronavírus (Covid-19).

“A expectativa de vendas do varejo para a Páscoa pode ser fraca, e também vai depender muito se até lá nós estivermos ainda no isolamento. Como está hoje, vai reduzir não só a procura, mais também a abertura de lojas. Para aquelas que vão poder abrir, como os supermercados, o movimento deve ser mais fraco do que no ano passado”, analisa o economista da ACSP, Marcel Solimeo.

Ele explica que, diante do cenário atípico, é muito difícil fazer uma projeção, porque vai depender da reabertura do comércio no próximo dia 7. Porém, diante do quadro atual, com as restrições, muitas famílias não conseguirão se reunir. “Também porque as pessoas não estão nesse clima comemorativo tradicional, como é observado todos os anos”.

Quanto ao preço dos produtos mais comuns da Páscoa, itens importados, como vinho e bacalhau, podem ter preços mais altos do que no ano passado, devido a alta do dólar. Para o economista, no entanto, provavelmente nem toda a alta do dólar deverá ser repassada, porque as vendas devem ser mais fracas do que habitualmente ocorrem em anos anteriores.

Já com relação aos ovos de Páscoa, Solimeo diz que os preços podem subir na comparação com 2019. “Pois nesse um ano teve alguma inflação, além disso, alguns produtos que são usados na fabricação dos ovos de Páscoa terão aumento, mas deve ser um aumento muito mais suave do que aquele que deve ocorrer com o bacalhau e o vinho importado, por exemplo”.

“Agora, o grande problema dessa data é que os pequenos produtores de ovos de Páscoa, que vendem em pequenas quantidades em vários locais – e não nas grandes redes de supermercados – podem ter uma dificuldade muito grande para vender. Para eles, o risco do prejuízo é maior”, alerta o economista da ACSP.

De modo geral, ele comenta que as pessoas estão mais cautelosas para fazerem compras porque têm dificuldades ao acesso bancário e também porque algumas ainda não receberam seus salários. (Da Redação)

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