42 hotéis suspenderam atividades em BH

7 de maio de 2020 às 0h10

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Crédito: Divulgação

A situação do setor hoteleiro está cada vez mais alarmante com os efeitos provocados pela pandemia. Um balanço feito pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (Abih-MG) aponta que, em Belo Horizonte, até o momento, 42 hotéis suspenderam suas atividades e a estimativa é de que 1.800 funcionários sejam demitidos na Grande BH, e 4.500 em todo o Estado. A realidade e o cenário do setor hoteleiro estão cada vez mais desoladores com os efeitos terríveis provocados pela pandemia.

De acordo com a Abih-MG, os dados compilados no final de abril mostram que dos 132 hotéis de Belo Horizonte, 32% suspenderam suas atividades. “Muitas incertezas ainda rondam o setor e, os 90 hotéis que ainda estão operando na cidade, também podem suspender as atividades se medidas urgentes não forem adotadas pelos governos, pois o isolamento deve ser ampliado ainda mais e terá um grande efeito dominó em toda a cadeia hoteleira”, revela o presidente da Abih-MG, Guilherme Sanson. Segundo o Observatório do Turismo de Minas Gerais, o setor reúne 311 estabelecimentos em Belo Horizonte, incluindo pousadas, hotel, entre outros. Já a Abih-MG inclui somente os hotéis.

Ele destaca que o número de hotéis em Minas Gerais é de 3.971 e, desses, estima-se que 65% estão fechados, ou seja, em torno de 2.581 hotéis. “A situação é terrível porque hotéis das cidades turísticas como Ouro Preto, Diamantina, Serra do Cipó, Marina, enfim, das cidades turísticas, foram afetados diretamente e suspenderam as atividades e faz que o percentual seja elevado.

São muitos os problemas enfrentados e, um deles, é que os pleitos da entidade ainda não foram atendidos, que são a isenção do IPTU, redução do ICMS e ISS”, revela o presidente da Associação.

“Não estamos conseguindo abertura para o diálogo com a prefeitura e o governador. Foram feitos vários ofícios aos governantes nas esferas estadual, federal e municipal e só houve retorno apenas do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que afirmou ter recebido a demanda e que está estudando e dará retorno assim que possível. Temos senso de urgência, tendo em vista que nosso setor agoniza. Não haverá amanhã ou depois, se não houver celeridade para minimizar os efeitos da crise”, reforça. Outra solicitação da entidade para o governo federal é que a MP 936 seja prorrogada, pelo menos, por mais seis meses para ajudar na manutenção do empregos e das empresas.

Cobrança do Ecad – Para piorar ainda mais, os hotéis lutam contra a cobrança de taxa do Ecad – direito autoral das músicas dentro dos apartamentos (circuito interno), mesmo sem o cliente usar. O segmento precisa da aprovação da MP 948 (que foi desmembrada da MP 907), que prevê a cobrança do direito autoral em áreas comuns dos hotéis e não nos apartamentos (área privativa do hospede). Sanson revela que o setor defende a cobrança justa e a transparência no repasse ao compositor.

“É fora de propósito esta cobrança de direito autoral dentro dos apartamentos, é como pagar pela música na sua residência ou pagar pelo frigobar sem usar. Estamos confiantes que os deputados vão colocar em pauta para votação e serão sensíveis à esta questão diante dos graves efeitos gerados pelo Covid-19, mas sobretudo pelo bom-senso”.

Em Belo Horizonte e região, já anunciaram o fechamento das atividades os hotéis: Fasano, Mercure Lourdes, BHB, Quality Pampulha, Classic, BH Plaza, Bristol Merit, ESuites Lagoa dos Ingleses, San Diego Barro Preto, Intercity BH Expo, Boulevard Express e Boulevard Park. A previsão é de que, ao longo de maio, mais hotéis sejam fechados.

Para Sanson, o cenário de fechamento e paralisação dos hotéis só pode ser revertido com a tomada de decisões mais rápidas do governo, como a isenção do IPTU e ICMS e a redução do ISS e mais estímulos com capital de giro e a preservação dos empregos, enquanto durar a pandemia do coronavírus. (Da Redação)

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