2023 precisa ser o ano da retomada da autoestima
O último ano foi marcado por muitos debates sobre a infelicidade no mercado de trabalho. Um dos temas recorrentes foi a crescente nos casos de Síndrome de Burnout em pessoas que extrapolavam as horas de trabalho em home office.
O transtorno, que é causado pelo esgotamento físico e mental devido a rotina de trabalho exaustiva, é um exemplo de como as empresas precisam se reinventar para não prejudicar os colaboradores e até sua presença no mercado. Outros temas debatidos também foram o aumento do turnover nas empresas, além do estresse e problemas com sono/concentração devido a pandemia.
Em meio às mudanças na vida profissional e pessoal, se adaptar pode se tornar um processo difícil e doloroso e que também pode trazer danos para a autoestima. Para se ter ideia, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) em 11 países, o Brasil lidera os casos de depressão e ansiedade durante a pandemia.
De acordo com o estudo, o País é o que mais tem casos de ansiedade (63%) e depressão (59%). Números como esses mostram como a saúde mental dos brasileiros foi afetada durante a pandemia.
Abaixo, especialistas listam 10 dicas para recuperar a autoestima, principalmente para as mulheres. Confira:
1 – Procure por grupos de networking: é possível fazer parte de grupos on-line ou presenciais em uma região. “Além de possibilitar conhecer novas pessoas, todos estão abertos para conversar e melhorar suas habilidades. Nessas reuniões, também é possível treinar a desenvoltura, comportamento e abordagens”, sugere Mara Leme Martins, PhD. Psicóloga e VP BNI Brasil – Business Network International.
2. Procure uma rede de mulheres empreendedoras: começar algo novo sempre é difícil, mas quando se tem apoio e com quem contar no caminho, as coisas acabam se tornando um pouco mais fáceis. “O Mulheres Aceleradas, por exemplo, é uma comunidade para mulheres que já empreendem e também para as que desejam começar a empreender. Não importa a região em que a empresária está, ela pode fazer parte. A plataforma tem o interesse genuíno em oferecer ajuda a essas mulheres, aproveitando os meus conhecimentos técnicos e experiência na área. O objetivo é fazer com que elas percebam que têm com quem contar e que não precisam trilhar esse caminho cheio de desafios sozinhas”, explica Larissa DeLucca, CEO da Negócios Acelerados e Presidente da Fundação Mulheres Aceleradas.
3 – Saia da zona de conforto e converse com novas pessoas: quando se trata de networking, é importante falar com as pessoas e pensar em maneiras criativas de construir o seu negócio. “Dedique tempo aos relacionamentos que você já tem. Estenda a mão e pergunte se as pessoas estão bem, se há algo que você pode fazer para ajudá-las”, explica Mara Leme Martins.
4. Estude sobre empreendedorismo: o principal ponto quando se começa um novo negócio é buscar estudar sobre todas as coisas que irão ajudar nesse empreendimento. “Um dos maiores desafios quando falamos de empreendedorismo feminino é a falta de conhecimento técnico sobre gestão e controle financeiro. É importante que, até mesmo antes de abrir um novo negócio, a pessoa busque estudar um pouco e entender sobre o mundo do empreendedorismo e o que se precisa para manter um negócio. Encontrar cursos sobre os assuntos, feitos por mulheres que empreendem, talvez ajude a dar uma base maior e criar um pouco mais de confiança nesse caminho”, entende Larissa DeLucca.
5. Tenha confiança no seu trabalho: é fato que não se pode negar a realidade do preconceito e machismo contra mulheres e mães no mercado de trabalho atual. “Não deveria ser assim, mas é a realidade, para se destacar a mulher tem que ser tecnicamente muito melhor qualificada do que qualquer homem que exerça a sua mesma função e ainda ter garra para dar conta, com mestria das suas duplas e, às vezes, triplas jornadas de trabalho. Mas na minha visão, o principal é ser uma profissional focada em resultados. Se o resultado final do seu trabalho é acima da média, isso vai ser o seu cartão de visitas”, completa Larissa DeLucca.
6 – Seja agradável: desenvolver a simpatia ajuda a abrir portas no networking. Estar aberto para conversar ou expressar essa vontade ajuda muito no primeiro contato e a quebrar o gelo. “Uma ótima oportunidade para desenvolver esse ponto é participar de alguns grupos ou reuniões de empreendedores”, sugere Mara Leme Martins.
7 – Ouça o que os outros dizem: saber ouvir e compartilhar é fundamental para vencer a timidez. “O ambiente do BNI é norteado pelo compartilhamento de recursos. Esses podem ser de ordem material ou imaterial, como talentos, habilidades, conhecimentos, informações, contatos, saberes, experiências e tantas outras riquezas que todos temos. Colaborar é um movimento natural do ser humano, que tem prazer em se colocar à serviço do todo, ao contrário do que fomos levados a acreditar”, aconselha Mara Leme Martins.
8 – Não tenha medo de falhar: as outras pessoas, muitas vezes, costumam desencorajar as mulheres a seguirem seus sonhos e montar seu próprio negócio. Mas é preciso contrariá-los, confiar no seu potencial e deixar o medo de lado para seguir em frente. “Quando se começa um negócio novo, é normal ter medo de falhar e, em alguns momentos, de não fazer um bom trabalho. O que não pode acontecer é deixar com que esse medo te paralise. Errar em alguns momentos faz parte da jornada, o mais importante é continuar estudando e aprendendo para não cometer os mesmos erros e ir melhorando nos pontos que costuma ter uma maior dificuldade”, complementa Larissa DeLucca.
9 – Para mães empreendedoras: é possível conciliar a rotina: Conciliar maternidade e empreendedorismo é um grande desafio, contudo ter uma agenda flexível pode ser um fator favorável para acompanhar mais de perto o desenvolvimento do filho. “O que percebo é que não se pode romantizar, empreender sendo mãe é trabalhar duro, se esforçar ao máximo para fazer dar certo e acreditar que é a sua determinação e dedicação que proporcionará conseguir atingir seus objetivos e, isso tudo, sem tirar o foco do seu bem mais precioso que é seu filho”, comenta Larissa DeLucca.
10. Lei da Reciprocidade: é importante ter a visão de que a confiança colaborativa é a moeda mais valiosa nos negócios – nos relacionamentos e na vida. O marketing de referência e indicações nunca foram tão importantes quanto nos dias de hoje, em que as empresas precisam conquistar novos clientes, presencialmente ou remotamente, para não colocar em risco a sua operação. “Os empreendedores, sendo tímidos ou não, precisam aprender os benefícios da filosofia “Givers Gain”, ou seja, “Se eu lhe ajudar indicando negócios, você vai se interessar em me ajudar também”. É a Lei da Reciprocidade em ação no mundo dos negócios”, conclui Mara Leme Martins.
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