Economia

Ibovespa fecha em alta puxada por Vale; GPA dispara

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,67%, a 116.533,85 pontos
Ibovespa fecha em alta puxada por Vale; GPA dispara
Foto: Reprodução Adobe Stock

São Paulo – O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, com o avanço do minério de ferro na China beneficiando as ações da Vale, enquanto os papéis do GPA dispararam com a perspectiva de a varejista embolsar R$790 milhões.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,67%, a 116.533,85 pontos. Na máxima do dia, chegou a 116.905,38 pontos. Na mínima, a 115.759,93 pontos.

O volume financeiro somou R$17,1 bilhões.

Na visão do responsável pela mesa de ações do BTG Pactual, Jerson Zanlorenzi, o mercado brasileiro refletiu uma descompressão de risco, após uma semana complexa, com alguns eventos específicos ditando a direção da sessão.

Entre esses eventos ele citou a injeção de liquidez realizada pela autoridade monetária da China, que ajudou o minério de ferro e favoreceu os papéis da Vale, bem como o anúncio do GPA envolvendo venda da participação no Éxito.

Zanlorenzi ainda apontou o alívio recente na curva de juros norte-americana, que foi acompanhando pelas taxas dos contratos de DI, como mais um componente positivo para a bolsa paulista. Nesta sessão, porém, os retornos dos Treasuries subiram.

Ele, entretanto, ressaltou que o cenário permanece de cautela, com as atenções ainda voltadas para os desdobramentos do conflito entre Israel e o Hamas, mesmo que a probabilidade de alguma piora drástica da situação venha se reduzindo.

“É muito mais uma redução de risco hoje do que algum otimismo”, acrescentou ele.

O S&P 500, uma das referências sobre o comportamento das ações de empresas nos Estados Unidos, avançou 1,06%, em meio a expectativas para os resultados corporativos. Vários bancos norte-americanos reportam seus balanços nesta semana.

Investidores também continuam atentos a dados da economia dos EUA, em busca de mais pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve.

Destaques

– VALE ON subiu 1,07%, a R$67,30, uma vez que os futuros do minério de ferro se fortaleceram nesta segunda-feira, apoiados em medida do banco central chinês para apoiar a liquidez no sistema bancário. O contrato mais negociado da commodity na bolsa de Dalian encerrou o dia em alta de 2,86%, a 862 iuanes (US$117,93) a tonelada métrica.

– GPA ON saltou 8,67%, a R$3,76, após a companhia anunciar que seu Conselho de Administração aprovou acordo para a venda da participação restante no Éxito para o Grupo Calleja, de El Salvador. A operação envolve a realização de uma OPA que pode render 790 milhões de reais ao GPA. Na máxima do pregão, os papéis chegaram a R$4,06.

– EMBRAER ON avançou 3,41%, a R$17,59, tendo como pano de fundo relatório de analistas do Citi elevando a recomendação dos ADRs (recibos das ações negociados nos EUA) da fabricante de aviões para “compra”, bem como preço-alvo para US$16, de US$15,25 anteriormente.

– PETROBRAS PN valorizou-se 1,10%, a R$36,68, apesar do declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou em baixa de 1,36%, a US$89,85 o barril. No setor, PETRORECONCAVO ON foi o destaque, subindo 2,21%, a R$22,19.

– SUZANO ON caiu 2,03%, a R$57,37, em meio a ajustes apoiados pela queda do dólar frente ao real nesta sessão, após as ações da fabricante de papel e celulose acumularem alta de mais de 4% na semana passada.

– ITAÚ UNIBANCO PN ganhou 0,14%, a R$27,73, e BRADESCO PN fechou em alta de 1,04%, a R$14,64. O melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa foi BANCO DO BRASIL ON, que subiu 2,03%, a R$49,81.

– NATURA&CO fechou em baixa de 2,75%, a R$13,42, com outros papéis de varejo também no vermelho, incluindo MAGAZINE LUIZA ON e AREZZO ON. Analistas da XP Investimentos seguem cautelosos com o setor, à medida que esperam resultados fracos do terceiro trimestre e veem a dinâmica para o quarto trimestre ainda incerta.

– GOL PN avançou 6,55%, a R$7,48, enquanto AZUL PN valorizou-se 4,55%, a R$13,55, tendo como pano de fundo a queda do dólar ante o real e o declínio dos preços do petróleo no mercado externo.

– MRV&CO ON subiu 2,77%, a R$9,29, em dia positivo para construtoras em meio ao declínio das taxas dos juros futuros no Brasil. Investidores também aguardam a retomada do julgamento no STF sobre a correção das contas do FGTS.

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