Edição da Expocafé é adiada para julho

9 de abril de 2020 às 0h10

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Expectativa da feira do café é de movimentar, pelo menos, R$ 200 milhões em negócios | Crédito: José Roberto Gomes/Reuters

Em função das medidas adotadas para a contenção do novo coronavírus, a 23ª edição da Expocafé havia sido adiada em 60 dias e agora será realizada de 14 a 17 de julho, sendo que, no primeiro dia, será somente o Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira.

Com a mudança de data, a estimativa é de que a pandemia já esteja controlada, o que permitirá a realização do evento. Considerada uma das principais feiras de café do País, as expectativas são positivas e a tendência é de movimentar, pelo menos, R$ 200 milhões em negócios durante e no pós-feira, valor que foi registrado na edição de 2019.

De acordo com o coordenador de negócios da Expocafé, Antônio Fernando Bastos Nunes, a modificação da data foi considerada importante para atender às orientações dos órgãos de saúde e para preservar os colaboradores e participantes do evento.

“Em vista da disseminação do coronavírus e das medidas necessárias para contenção, nós decidimos adiar em 60 dias o evento. Com isso, queremos garantir que as empresas que irão participar do evento estejam mais seguras e também temos o objetivo de proteger a saúde dos participantes e colaboradores. A medida foi importante por a Expocafé receber profissionais, empresas e visitantes de diversos estados e cidades”, destacou.

Nunes ressaltou que a organização da feira continuará monitorando todo o cenário e acatando as recomendações dos órgãos de saúde para preservação da saúde. Ele explica ainda que o espaço da feira é aberto e com ruas amplas, o que é positivo para a realização do evento. Além disso, a distribuição dos estandes será feita de forma bem pensada e garantindo condições de segurança para as empresas participantes.

Com o adiamento do evento e para contribuir com as empresas que já negociaram o espaço de exposição, os organizadores da Expocafé estão alongando o prazo de pagamento. Cerca de 85% dos expositores já confirmaram a participação na nova data.

Em relação às expectativas, Nunes está otimista. Por ser um dos principais eventos do setor cafeeiro e pela tendência de preços mais valorizados para o café, a estimativa é de bons negócios ao longo da feira.

“As empresas estão confirmando a participação e estamos nos esforçando para que a Expocafé também sirva como uma ferramenta de auxílio para reaquecer o mercado e a cadeia do café após os efeitos negativos provocados pelo coronavírus”, disse.

Público – São esperados cerca de 15 mil visitantes ao longo do evento. A exposição deve contar com 160 a 170 empresas voltadas para a cadeia do café, entre fornecedores de insumos, máquinas, equipamentos, empresas de tecnologias e pesquisas e entidades bancárias.

Ao longo da Expocafé, os cafeicultores poderão participar do Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira, que será no dia 14 de julho. O evento reúne pesquisadores, professores, produtores e profissionais referências da cadeia do café, que discutem os problemas do dia a dia da cafeicultura. A interação é considera fundamental para a disseminação de informações, para contribuir para a solução de problemas e para o avanço da produção de café.

“O simpósio discute assuntos ligados desde a preparação do solo, passando pela manutenção dos cafezais até o pós-colheita do grão. É uma oportunidade para o cafeicultor obter informações que podem contribuir para uma melhor produção”, afirmou.

A partir de 15 de julho, a feira é aberta e produtores poderão investir na compra de máquinas, equipamentos e insumos.

A Expocafé acontecerá no Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Minas Gerais (Epamig), em Três Pontas, no Sul de Minas.

Critérios para recursos do Funcafé entram em vigor

Os critérios para a distribuição dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) entre as instituições financeiras para a safra 2020/2021 já estão em vigor e valem até o dia 30 de junho do ano que vem. As medidas foram publicadas ontem, no Diário Oficial da União, conforme decisão da 72ª reunião do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC).

As regras atendem a um maior número de beneficiários e aplicam um maior percentual dos recursos contratados. “Esses critérios são utilizados para definir o limite de recurso por linha de crédito, para cada agente financeiro, uma vez que a demanda agregada ultrapassa o disponível”, explica Sílvio Farnese, diretor de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Os critérios serão aplicados sobre a proposta de cada agente financeiro, por linha de crédito, estabelecendo uma pontuação com base na quantidade de beneficiários atendidos e volume de aplicação dos recursos contratados com o fundo, tomando como referência a safra 2019/2020.

A pontuação é negativa quando a aplicação dos recursos for menor que 31%. No caso dos beneficiários atendidos, a pontuação é máxima quando o atendimento for maior que 136 clientes.

“O objetivo é dar transparência para os agentes financeiros que operam com o Funcafé dos critérios que serão utilizados na distribuição dos R$ 5,7 bilhões disponíveis na safra 2020/2021”, esclarece o Secretário de Política Agrícola, Eduardo Sampaio.

Para a safra 2020/2021, estão disponíveis R$ 1,6 bilhão para custeio agrícola, R$ 2,3 bilhões para comercialização, R$1,15 bilhão para aquisição de café, R$ 650 milhões para capital de giro para cooperativas de produção e indústrias de café solúvel e de torrefação e R$ 10 milhões para recuperação de cafezais danificados. (Com informações do Mapa)

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