Exportações de café batem recorde de faturamento

De janeiro a agosto, faturamento brasileiro com embarques subiu mais de 60% e ficou próximo a US$ 6 bilhões

13 de setembro de 2022 às 0h30

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Preço médio pago atualmente pelos cafés do Brasil enviados ao exterior é de US$ 233,58 por saca, segundo o Cecafé | Crédito: Amanda Perobelli / Reuters

A receita com os embarques brasileiros de café alcançou o recorde histórico de US$ 5,904 bilhões de janeiro ao fim de agosto deste ano, o que representa crescimento de 61,4% em relação aos US$ 3,659 bilhões registrados nos primeiros oito meses de 2021. Já o volume recuou 5,3% no intervalo, saindo de 26,7 milhões de sacas de 60 kg para os atuais 25,3 milhões de sacas até o fim do mês passado. Os dados são do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgado ontem.

Esse resultado foi alcançado com a atualização das estatísticas até agosto, quando o País exportou 2,762 milhões de sacas, ou 2,5% a menos na comparação com o mesmo mês de 2021, e obteve uma receita cambial de US$ 655,3 milhões, o que significa um crescimento de 49,5% ante agosto do ano passado.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano safra 2022/23, o desempenho é similar. O Brasil remeteu 5,278 milhões de sacas aos parceiros internacionais e teve o ingresso de US$ 1,250 bilhão, números que implicam queda de 8,1% em volume, mas incremento de 46,3% em receita frente ao desempenho no acumulado de julho a agosto de 2021.

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De acordo com o presidente do Cecafé, Günter Häusler, o cenário registrado reflete um contexto de mercado observado ao longo dos últimos meses. “A receita cambial recorde resulta dos bons níveis de preço praticados nos mercados interno e externo e da taxa de câmbio favorável”, comenta.

Entre janeiro e o fim de agosto deste ano, o preço médio pago pelos cafés do Brasil exportados é de US$ 233,58 por saca, valor que corresponde a uma alta de 70,4% na comparação com os US$ 137,11 por saca aferidos no mesmo período de 2021.

Häusler completa que também pesam favoravelmente os esforços e a criatividade dos exportadores brasileiros de café. “Mesmo diante de mais de dois anos convivendo com todos os gargalos logísticos conhecidos, eles seguem executando um trabalho exemplar, permitindo que o Brasil honre seus compromissos internacionais e mantenha sua participação de mercado”, enaltece.

O café arábica segue como o mais exportado no acumulado de 2022, com a remessa de 21,707 milhões de sacas ao exterior, o que corresponde a 85,9% do total. Já o café solúvel registrou o embarque equivalente a 2,505 milhões de sacas, respondendo por 9,9%. Na sequência, aparecem a variedade canéfora (robusta + conilon), com a exportação de 1,033 milhão de sacas (4,1%), e o produto torrado e torrado e moído, com 30.268 sacas (0,1%).

Principais destinos

Os Estados Unidos lideram o ranking das exportações nacionais de café, de janeiro ao fim de agosto, com a importação de 5,283 milhões de sacas, volume 4,5% superior aos 5,055 milhões comprados no mesmo intervalo de 2021. Esse volume corresponde a 20,9% dos embarques totais do Brasil em 2022.

A Alemanha, com representatividade de 17,9%, importou 4,533 milhões de sacas (-1,9%) e ocupa o segundo lugar na tabela. Na sequência, vêm Bélgica, com a compra de 2,110 milhões de sacas (+14,2%); Itália, com 2,020 milhões (+10,5%); e Japão, com a aquisição de 1,130 milhão de sacas (-28,1%).

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