Produção florestal atinge R$ 20,6 bilhões

20 de setembro de 2019 às 0h09

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Somente a silvicultura movimentou R$ 16,3 bilhões em 2018 | Crédito: Divulgação

Rio – O valor da produção florestal registrada por 4.897 municípios brasileiros em 2018 alcançou R$ 20,6 bilhões, aumento de 8% na comparação com o ano anterior. Os dados constam da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2018 (PEVS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desse total, o maior valor de produção foi identificado na silvicultura (R$ 16,3 bilhões), que responde por 79,3% do total, com expansão de 11,1% em relação a 2017, enquanto a extração vegetal apresentou valor de produção de R$ 4,3 bilhões, com retração de 2,7% na mesma comparação.

A sondagem revela que o número de municípios que responderam pelo valor da produção florestal no ano passado foi ampliado em 60 cidades em comparação a 2017, informou o gerente da pesquisa, engenheiro agrônomo Winícius Wagner.

Ele explicou que o valor bruto de produção florestal ficou R$ 1,515 bilhão acima do apurado em 2017, consolidando o terceiro ano consecutivo de crescimento nominal do valor de produção do setor.

Em 2016, o aumento foi de 0,9% e, em 2017, de 2,8%. Wagner disse que a maior participação no valor de produção tem origem no grupo de produtos madeireiros da floresta, atingindo 90,2%. “Somente o valor de produção desse grupo de madeireiros foi 8,5% maior que em 2017”, observou.

O analista do IBGE informou que a queda de 2,7% no valor da produção da extração vegetal em 2018 constitui a terceira retração consecutiva no setor e foi motivada, principalmente, pelo desempenho dos produtos madeireiros, que respondem por 62% do valor de produção florestal do extrativismo e apresentaram, no seu conjunto, queda de 5,2% em 2018 no valor de produção.

“Por eles terem um peso muito grande na lista dos produtos da extração, essa queda de 5,2% do valor de produção desses produtos madeireiros influenciou diretamente o total da extração vegetal no ano de 2018”, explicou.

Maior peso – Winícius Wagner destacou, ainda, que o produto carvão vegetal da silvicultura teve o maior peso no crescimento do valor de produção florestal. “Foi o produto que teve maior influência nesse aumento. Isso por conta da recuperação em 2017 e 2018 do desempenho da indústria siderúrgica, que é o maior mercado consumidor desses produtos, utilizados para consumo energético dessas indústrias”, afirmou.

O valor da produção do carvão vegetal da silvicultura foi R$ 4,1 bilhões em 2018, crescimento de 50,5% na comparação com 2017. O carvão vegetal experimentou expansão da produção anual de 18,9%.

Wagner afirmou que, com o incremento da demanda pelo setor siderúrgico, “a gente percebeu um significativo aumento, o que se refletiu também no preço médio praticado no mercado. Em consequência, houve maior incentivo ao produtor”.

Minas Gerais concentrou 84,1% da produção nacional de carvão vegetal da silvicultura e mostrou o maior valor de produção da silvicultura (R$ 4,6 bilhões), aumento de 45,7%.
O gerente da pesquisa informou que Minas Gerais passou a liderar também em termos de valor da produção florestal, que engloba silvicultura e extração vegetal, com R$ 4,7 bilhões, incremento de 44,8% no valor de produção, o que representa 22,8% do total nacional, ultrapassando o Paraná, que liderava até então. Em 2018, o Paraná passou para a segunda posição, com R$ 3,6 bilhões.

A análise por municípios revela que Telêmaco Borba, no Paraná, apresentou em 2018 o maior valor de produção florestal (R$ 326,9 milhões), desbancando Três Lagoas (MS) e assumindo a liderança no ranking nacional. Na terceira posição, figura João Pinheiro (MG). (ABr)

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