WD Agroindustrial amplia capacidade

30 de agosto de 2018 às 0h05

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Objetivo é ampliar a área de produção em cerca de 30% até 2020, para capacidade de moagem de cana chegar a 2,2 mi/t

A usina WD Agroindustrial, localizada em João Pinheiro, na região Noroeste de Minas, ampliou sua atividade de geração de energia a partir do bagaço da cana, atingindo a capacidade total de 46 megawatts (MW) por hora. Para tal, a empresa contraiu financiamento de R$ 42,7 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para melhoria no parque de geração de energia e outros investimentos. O coordenador financeiro da empresa, Lucas De Toni Ferreira, informou ontem que a representatividade da geração de energia no faturamento total da empresa vem crescendo: em 2017, quando a atividade teve início, foi de 8,3% e, com os novos investimentos, deve passar a 12% este ano.

De acordo com Ferreira, com as melhorias, a produção de energia aumentou 30%, com a manutenção da quantidade de bagaço de cana usado. Dos 46 MW por hora produzidos, 35 MW são exportados, ou seja, vendidos. O restante é utilizado pela própria empresa, que é autossustentável energeticamente. Com isso, além de economizar com a conta de energia, a usina ainda incrementa seu faturamento. As operações a partir do empréstimo tiveram início em outubro do ano passado.

Ferreira também informou que o próximo passo da empresa é ampliar a área de produção em cerca de 30% até 2020, fazendo com que a capacidade de moagem chegue a 2,2 milhões de toneladas. “Até 2020 terei cana para moer isso tudo”, resume. Em 2017, esse valor foi de 1,65 milhão de toneladas, valor que deve ser mantido em 2018.

Como a expansão da produção da cana demanda tempo, a empresa já prepara a aumento de plantio de 6 mil hectares de área plantada e 4 mil hectares de renovação. Para 2020, a área total de plantio deve chegar a 30 mil hectares.

As áreas de plantio ficam em João Pinheiro, São Gonçalo do Abaeté e Presidente Olegário, entre outros municípios. A indústria está localizada no município de João Pinheiro, mas bem próxima a Varjão de Minas, de onde vem a maior parte da mão de obra. A WD Agroindustrial emprega cerca de 1.100 funcionários diretos, atuando no campo, na indústria e setor administrativo.

Normalmente, a usina trabalha com 70% da produção voltada para o açúcar e 30% para o etanol. Neste ano, houve um aumento do etanol para 40% e de açúcar para 60%. Isso por questões de mercado que levaram à maior competitividade do preço do etanol.

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Fundo do Clima – Lucas Ferreira informou que parte do financiamento contraído junto ao BNDES veio do Fundo do Clima. Segundo ele, essa operação foi possível porque houve alteração nas regras do BNDES, que incluiu no projeto a energia gerada a partir do bagaço de cana.

Segundo o BNDES, o Fundo Clima é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima e garante financiamento de empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas. Ainda segundo o banco estatal, estima-se que a energia gerada com o uso do bagaço da cana pela WD Agroindustrial evitará o lançamento de cerca de 130 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera em 20 anos.

Do total do financiamento, R$ 13,7 milhões são do Fundo do Clima e foram investidos no parque de geração de energia. Outros R$ 5 milhões do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) foram para a construção de novo armazém de açúcar. Por fim, R$ 24 milhões vão para fortalecer o capital de giro da empresa, via BNDES Giro.

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