Nível de atividade no Estado ainda é baixo, mas há sinais de retomada

13 de setembro de 2018 às 0h05

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Crédito: Divulgação

O índice de atividade da indústria da construção de Minas Gerais manteve queda em julho, embora menos acentuada do que a verificada no mês anterior. Abaixo dos 50 pontos desde novembro de 2012, apontando recuo da atividade, o indicador alcançou 45,8 pontos em julho, um crescimento de 3,1 pontos frente a junho quando registrou 42,7 pontos. O indicador foi o maior para o mês em quatro anos e, na comparação com os 41,6 pontos de julho de 2017, aumentou 4,2 pontos.

A Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais, divulgada ontem pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), mostrou recuo também no número de empregados no período. O índice, que alcançou os 40,4 pontos em julho, aumentou 4,4 pontos na comparação com o mês anterior, sinalizando uma queda menos intensa do emprego.

O indicador de número de empregados, que até junho acumulava retração de 2,9 pontos, passou a acumular crescimento de 1,5 ponto em 2018. Apesar disso, o resultado segue abaixo dos 50 pontos há quatro anos e foi 0,3 ponto inferior ao apurado em julho do ano passado.

A gerente de estudos econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Daniela Muniz, ressaltou que a melhora gradual do índice de atividade da construção e do número de empregados pode ser atribuída a condições macroeconômicas mais favoráveis.

“O quadro macroeconômico está relativamente mais favorável, com inflação e taxa de juros mais baixos, e o nível de atividade e o número de empregados têm apresentado uma melhora gradual ao longo do tempo, com o recuo diluído nos últimos meses”, explicou.

Expectativas – De acordo com os dados da sondagem, a expectativa dos empresários é de estabilidade com relação à evolução do nível de atividade e ao número de empregados para os próximos seis meses.

Em agosto de 2018 o indicador de expectativa da atividade indústria da construção mineira atingiu 49,9 pontos, o melhor resultado para o mês desde 2013 e um aumento de 3,1 pontos frente a julho deste ano.

Já o número de empregados alcançou a linha dos 50 pontos em agosto e aumentou 4,5 pontos frente a julho. O resultado foi 3,1 pontos superior ao de agosto de 2017 e o melhor para o mês em cinco anos.

Ainda abaixo dos 50 pontos, o índice referente às compras de insumos e matérias-primas também cresceu na comparação com julho, quando registrava 46,9 pontos, e alcançou a marca dos 49,5 pontos em agosto, o maior nível para o mês, desde 2013.

Apontando maior pessimismo dos empresários, o indicador de novos empreendimentos e serviços recuou 0,5 ponto entre julho (47,4 pontos) e agosto (46,9 pontos). No entanto, o índice foi 1 ponto acima do apurado em agosto de 2017 e o mais elevado para o mês nos últimos cinco anos.

Investimentos – Com queda acumulada de 8 pontos neste ano, o índice de intenção de investimento aumentou 2,2 pontos em agosto na comparação com julho e alcançou os 26,3 pontos. O indicador varia de 0 a 100 pontos e, quanto maior o valor, maior é a intenção de investir.

Na avaliação da gerente de estudos econômicos da Fiemg, apesar da inflação e taxa de juros estarem em níveis mais baixos, fatores como o elevado nível de desemprego, os desajustes das contas públicas e a indefinição do quadro eleitoral influenciam negativamente a disposição aos investimentos.

“O crescimento do setor depende da elevação da taxa de investimentos e da economia. Atualmente não temos condições para que isso aconteça, há um nível de incerteza muito grande na economia e, para o empresário, essa insegurança causa receio de investir”, afirmou Daniela Muniz.

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