ONS garante que poderá atender totalidade da carga

26 de julho de 2018 às 0h00

São Paulo – Procurado, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) defendeu que as paradas para manutenção não trazem “qualquer risco para a operação do sistema elétrico” e que as usinas paradas “serão substituídas por outras fontes de geração disponíveis, respeitando a ordem de mérito definida pelo modelo da programação da operação, de forma a atender a totalidade da carga.” A Petrobras afirmou ainda que se reuniu com distribuidoras de gás natural nesta semana para apresentar ações realizadas para evitar impactos no fornecimento do produto durante os trabalhos. “As ações e soluções tomadas pela Petrobras estão dentro das regras contratuais e garantem o abastecimento de gás natural no Brasil. O cronograma de paradas das termelétricas foi discutido e articulado junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), também de forma antecipada, buscando o mínimo impacto possível ao setor”, apontou a estatal em nota. “Entre as medidas já adotadas estão o aumento da capacidade de regaseificação do terminal da Bahia, de 14 milhões para 20 milhões de metros cúbicos por dia (m3/dia).” Além disso, haverá a disponibilização de navio regaseificador para a operação do terminal da Baía de Guanabara/RJ com capacidade de ofertar outros 14 milhões de m3/dia de gás natural e a redução na demanda de termelétricas que tiveram suas paradas programadas concentradas no período previsto para a parada de Mexilhão. A empresa destacou que a parada de Mexilhão precisa ser realizada neste período devido à exigência legal prevista em norma de segurança do Ministério do Trabalho. Pressão tarifária – O uso de térmicas mais caras, no entanto, não deverá impactar de imediato os consumidores, porque as contas de luz já estão na chamada bandeira tarifária nível 2, a mais cara, que gera custos adicionais para bancar a operação de térmicas em momentos de escassez na geração hídrica. Mas as distribuidoras de energia já têm se queixado junto à Aneel de que a arrecadação com as bandeiras tarifárias não é suficiente para cobrir todos seus custos, como com a compra de energia térmica. Com mais térmicas a óleo, de alto custo, a pressão sobre o caixa das distribuidoras deverá aumentar, segundo o sócio da comercializadora FDR Energia, Erick Azevedo. “Bandeira vermelha já ia ter de qualquer jeito… mas piorou a situação para as distribuidoras, vai aumentar a conta do déficit delas”, afirmou. Uma das possibilidades para resolver o problema das distribuidoras seria elevar o sobrecusto associado às bandeiras tarifárias, mas as empresas têm sugerido à Aneel também algumas soluções alternativas para evitar um impacto tarifário imediato. Ainda assim, porém, esses custos extras chegariam aos consumidores de qualquer maneira no futuro, quando do reajuste tarifário das distribuidoras. “Uma parte o consumidor paga agora, via bandeira, e outra parte na revisão… isso pressiona o próximo reajuste tarifário”, explicou Azevedo. Os reservatórios das hidrelétricas no Brasil estão com em média em 38,5% da capacidade, pouco acima do visto no mesmo período do ano passado, quando os lagos das usinas chegaram a outubro, às vésperas do início das chuvas, com apenas 17,8%, o pior nível já registrado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). (

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