Usiminas volta a operar com sua plena capacidade

15 de junho de 2021 às 0h30

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Crédito: REUTERS/Alexandre Mota

A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) voltou a operar com plena carga na produção de aço bruto ontem, com a reativação do alto-forno 2 da Usina de Ipatinga, no Vale do Aço. O equipamento estava em reformas desde o ano passado e irá atender ao aumento da demanda por aço no País. No primeiro trimestre, 35,5% da produção foi destinada à indústria automotiva, 31,5% a indústrias diversas e 32,9% para a rede geral.

A reativação do alto-forno 2, que seguiu o cronograma da empresa, elevará em 20% a produção de gusa na Usina de Ipatinga, em relação à produção no último trimestre de 2020 e ao primeiro trimestre deste ano. Dessa forma, a empresa ampliará sua capacidade de atendimento ao mercado interno, que registrou um aumento da ordem de 44% no consumo aparente de aços no primeiro quadrimestre de 2021, em relação ao ano passado.

“A Usiminas tem sua atuação voltada ao mercado interno, com vendas em torno de 80% da produção. Esse índice foi elevado e chegou a 93% do primeiro trimestre em 2021, resultado do esforço da companhia em apoiar a retomada da economia nacional após o período crítico vivido em 2020”, informou o presidente da empresa, Sérgio Leite.

O alto-forno 2 tem capacidade de produzir 55 mil toneladas de ferro-gusa por mês ou pouco mais de 600 mil toneladas por ano. A paralisação durou cerca de oito meses e, desde dezembro de 2020, a empresa vinha trabalhando para a retomada da operação do forno. Foram investidos R$ 67 milhões no processo, que gerou cerca de 600 empregos temporários, conduzidas, entre outras empresas, pela Usiminas Mecânica. Para a operação do equipamento, a Usiminas contratou 40 novos colaboradores permanentes.

A Usina de Ipatinga conta com três altos-fornos, um com a capacidade semelhante ao que foi reativado (660 mil ton/ano) e o alto-forno 3, com capacidade de produzir 2,3 milhões de ton/ano, que teve sua reforma adiada para meados de 2023 em decorrência da pandemia.

“Tendo em vista a continuidade da pandemia do covid-19 e seus efeitos, e também em função do desempenho operacional estável do alto-forno 3 da Usina de Ipatinga, o Conselho de Administração da Companhia aprovou a postergação da reforma deste equipamento por dez meses. Assim, ele continuará operando normalmente até meados de 2023, quando a reforma será iniciada. Anteriormente, a reforma estava prevista para ocorrer em meados de 2022”, informou a empresa.

A Usiminas é líder no mercado brasileiro de aços planos e um dos maiores complexos siderúrgicos da América Latina. A companhia conta com unidades industriais e logísticas localizadas em seis estados e está presente em toda a cadeia siderúrgica – da extração do minério, passando pela produção de aço até sua transformação em produtos e bens de capital. Possui, hoje, o maior centro de pesquisa e desenvolvimento em siderurgia do continente.

Crescimento – A produção de laminados da companhia totalizou 1.292 mil toneladas no 1° trimestre de 2021, um aumento de 13,0% em relação ao trimestre anterior e 20,2% acima da produção no 1° trimestre de 2020 (1.075 mil toneladas), período anterior aos primeiros efeitos da pandemia na companhia.

Também no primeiro trimestre de 2021, as vendas totais somaram 1.254 mil toneladas de aço, um crescimento de 10,6% em relação ao 4° trimestre do ano passado (1.133 mil de toneladas), representando o maior volume de vendas trimestral da Unidade de Siderurgia desde o segundo trimestre de 2015, com crescimento de vendas em todos os seus segmentos, com destaque para o crescimento das vendas para o segmento automotivo. 

No mercado interno, as vendas de janeiro a março deste ano foram de 1.167 mil toneladas, maior volume trimestral desde o 2° trimestre de 2014, com elevação de 6,7% em relação ao 4° trimestre do ano passado. 

As exportações nos três primeiros meses de 2021 foram de 87 mil toneladas, superiores em 117,5% em relação ao último trimestre do ano passado, predominando clientes com cadeias produtivas no Brasil e no exterior. 93% do volume de vendas foi destinado ao mercado interno e 7% às exportações, como resultado dos esforços da Usiminas para atendimento da demanda de seus clientes locais. 

Companhia adota o ESG 

A Usiminas adotou as metas ESG (Environmental, Social and Governance), conceito internacional que serve de escolha para novos parceiros e investidores. De acordo com essa nova política de sustentabilidade, a empresa investiu outros R$ 25 milhões na reforma do alto-forno 2 para reconstruir o sistema de tubulações e coifas e o sistema de despoeiramento do forno. Segundo ela, a iniciativa vai proporcionar redução na emissão de particulados durante a operação e um melhor desempenho ambiental do equipamento.  Os percentuais de redução, no entanto, só serão mensurados ao longo do funcionamento.

“Esse segundo investimento é mais um passo em nossa agenda ESG. Na mesma linha, podemos citar a Central de Monitoramento e a Rede Automática de Monitoramento de Particulados, inauguradas em 2020”, destaca Américo Ferreira Neto, vice-presidente Industrial da Usiminas. Por sua gestão ambiental, a Usiminas foi a segunda siderúrgica do mundo certificada com a ISO14001, gerando maior produtividade com menor consumo. A companhia contribui ainda para o desenvolvimento das comunidades onde atua, por meio do Instituto Usiminas e da Fundação São Francisco Xavier, oferecendo projetos nas áreas de saúde, educação, cultura, esporte e desenvolvimento social. As ações da Usiminas são negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York (ADR nível I) e Madri.

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