Uso da capacidade instalada da indústria alcança maior nível em cinco anos

23 de novembro de 2019 às 0h04

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Em outubro, utilização da capacidade industrial no País atingiu a marca dos 70% - Crédito:Jianan Yu/Reuters

Brasília – A utilização da capacidade instalada da indústria brasileira aumentou 1 ponto percentual em relação a setembro e alcançou 70% em outubro, o maior nível desde novembro de 2014, quando foi de 73%, informou a Sondagem Industrial, divulgada na sexta-feira (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“A maior utilização da capacidade instalada é fundamental para a aceleração e continuidade da recuperação da economia brasileira, à medida que estimula novas contratações e investimentos”, diz o levantamento.

De acordo com a Sondagem Industrial, a produção do setor também aumentou frente a setembro e atingiu 55,2 pontos em outubro. Tradicionalmente, observa a CNI, a produção cresce neste período do ano. Mas o índice de 55,2 pontos é o maior para o mês de outubro desde 2010, quando começou a série histórica. O emprego ficou em 49,5 pontos, muito próximo da linha divisória dos 50 pontos. Os indicadores da pesquisa variam de zero a 100 pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram aumento da produção e do emprego.

Outro dado positivo de outubro foi o ajuste dos estoques. O índice de estoque efetivo em relação ao planejado caiu 0,3 ponto no mês passado frente a setembro e ficou em 51,1 pontos no mês passado, quase em cima da linha divisória dos 50 pontos. Isso indica que os estoques estão praticamente dentro do planejado pelos empresários.

“Cada vez mais, aumentos adicionais da demanda irão se traduzir em aumento da produção e da utilização da capacidade instalada, realimentando o processo de recuperação”, acrescenta a pesquisa. Os dados de outubro, avalia a CNI, mostram a aceleração do processo de retomada da atividade industrial.

“A recuperação da atividade industrial segue na esteira da melhora do ambiente econômico, com juros em patamar histórico de baixa e inflação bem comportada, além da aprovação da reforma da Previdência e da gradual recuperação do mercado de trabalho. Tudo isso contribuiu para o reaquecimento do consumo, que também foi estimulado pela liberação de recursos do FGTS”, afirmou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, em nota.

Expectativas e investimentos – Com isso, as expectativas para os próximos seis meses e as intenções de investimentos também melhoraram. Todos os indicadores de expectativas ficaram acima dos 50 pontos, mostrando que os empresários esperam o aumento da demanda, da compra de matérias-primas, das exportações e do número de empregados nos próximos seis meses.

O índice de intenção de investimentos subiu 2,1 pontos em relação a outubro e ficou em 56,2 pontos neste mês. O indicador é 1,2 ponto maior do que o registrado em novembro de 2018 e está 6,9 pontos acima da média histórica. A intenção de investimento é maior nas grandes empresas, segmento em que o índice alcançou 62,3 pontos neste mês. Nas médias, ficou em 55 pontos e, nas pequenas, em 45 pontos.

O indicador varia de 0 a 100 pontos. Quando maior o índice, maior é a disposição dos empresários para investir.

Esta edição da Sondagem Industrial foi feita de 1º a 12 de novembro com 1.962 empresas. Dessas, 787 são pequenas, 690 são médias e 485 são de grande porte. (ABr)

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