Fundos de Investimentos Imobiliários Híbridos atraem investidores

12 de setembro de 2019 às 0h11

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Diversificação de investimentos e todos os benefícios dos FIIs tradicionais estão tornando esse produto um dos mais requisitados da categoria | Crédito: Divulgação

Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) estão ganhando a preferência dos investidores pelas diversas vantagens que eles apresentam. Distribuição de dividendos, possibilidade de isenção de Imposto de Renda para pessoa física, aporte inicial com pequenos valores para investir mensalmente. A lista de benefícios é imensa, o que tem feito esse mercado crescer significativamente nos últimos anos.

Neste universo, um dos produtos tem chamado atenção dos investidores: os FIIs Híbridos, fundos que investem em diferentes tipos de ativos vinculados ao mercado imobiliário. A composição dos FIIs Híbridos envolve todos os ativos do segmento como, por exemplo, para renda (aquisição do imóvel para locação); desenvolvimento (construção de imóveis para venda); imóveis para compra e venda (objetivo de lucrar com as transações financeiras); recebíveis imobiliários (ativos lastreados em imóveis); cotas de outros fundos imobiliários.

O diretor da TG Core, gestora especializada em fundos imobiliários, Bruno Nunes, explica que os FIIs Híbridos apresentam boas perspectivas de rentabilidade devido à diversificação de portfólio de ativos e oportunidade de aproveitar o bom momento de algum nicho do mercado. “Isso sem estar restrito à atuação de algum segmento específico”, ressalta.

A proximidade com o conceito dos Hedge Funds – conhecida no Brasil como Fundos Multimercados – é um dos fatores que também vem alavancando esse produto no país. “A flexibilidade desse tipo de produto, ao investir em diversos tipos de ativo, dá ao investidor uma combinação que promove cobertura do portfólio frente aos movimentos de mercado, limitando potenciais riscos e ofertando maiores lucros aos investidores”, analisa Bruno.

“Os FIIs Híbridos proporcionam ao investidor tanto a geração de resultados aptos à distribuição de dividendos quanto à possibilidade de valorização patrimonial dos investimentos no longo prazo”, complementa.

Mercado em expansão – com mais de 390 mil investidores registrados na B3 – os FIIs Híbridos fazem parte do movimento expressivo de expansão do número de investidores e capital alocado nos últimos meses. Segundo dados divulgados pela própria B3, a quantidade de pessoas que está investindo nos Fundos de Investimento Imobiliário cresceu mais de 150% entre 2018 e 2019, e o volume médio de negociação diária aumentou em mais de 82% no mesmo período.

O diretor da TG Core destaca os FIIs como uma categoria de investimento atraente aos investidores em geral que visam rentabilidade do capital no longo prazo, independente do montante de capital disponível para aplicação.

“Saem na frente os investidores que, além de avaliar muito bem os ativos e a estratégia do fundo, analisam a estratégia e a capacidade do gestor do fundo, uma vez que ele se mostra essencial ao gerir ativamente a carteira de investimentos e de se antecipar a movimentos de mercado, retornando em benefícios a eles”, aponta.

Quanto ao futuro, Bruno se mostra otimista, tanto em relação ao mercado imobiliário quanto sobre a indústria de FIIs.

“Estamos otimistas com a retomada de crescimento do segmento, impulsionado por uma maior oferta de crédito barato, viabilizando a venda de um maior número de unidades imobiliárias, com aumento dos preços e maior geração de receitas para os investidores. Mas, ainda existem alguns desafios a serem percorridos para o crescimento ser retomado de fato, como a diminuição do desemprego, ajustes fiscais e tributários por parte do governo, que possibilitem um crescimento sustentável da economia no longo prazo”, diz.

Nunes associa a queda dos juros e a consequente redução da atratividade dos investimentos tradicionais a um acentuado ciclo de expansão do mercado de FIIs.

“O Índice de Fundos de Investimento Imobiliários (IFIX), por exemplo, tem apresentado desempenho histórico superior às principais alternativas de investimento no setor imobiliário e ao CDI. Com isso, tanto o número de fundos negociados quanto o de investidores crescem aceleradamente, o que se reflete na liquidez destes produtos”, enfatiza.

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