ESG deve ser mais que uma sigla

20 de julho de 2022 às 0h25

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Crédito: Reprodução

“Falar sobre ESG é falar sobre a conquista de novos investidores. O tema é relevante para as empresas que são pressionadas a reconhecer seu papel ativo na sociedade. Por isso, se sua empresa, e você, ainda não adota tais pilares, a hora é essa.” A afirmação é de Mariane Guerra, vice-presidente de RH para a América Latina da ADP – empresa que atua na área de soluções de gerenciamento de folha de pagamento e gestão de capital humano – e mostra um cenário cada vez mais presente nas companhias de todos os perfis e portes.

A consultoria internacional Harris Poll realizou uma pesquisa anônima a pedido do Google Cloud com cerca de 1.500 CEOs e outros líderes C-level em empresas com mais de 500 funcionários em todo o mundo. O objetivo foi mapear o papel dessas lideranças na mudança de comprometimento em relação à sustentabilidade dentro de suas organizações.

A maioria dos entrevistados (80%) daria a suas empresas nota maior que a média em sustentabilidade ambiental. E 93% dos executivos ouvidos afirmam estar abertos para relacionar remuneração com metas ESG ou que já fazem algo nessa linha.

“É motivante ver tais números. A grande questão é que, no mesmo levantamento, 65% dos líderes disseram não saber como fazer isso. Essa é a questão. Todos parecem saber qual é o caminho correto. Mas nem todos estão dispostos a percorrê-lo. Esta é uma missão, a meu ver, na qual os profissionais de recursos humanos das empresas podem contribuir de forma significativa, uma vez que são eles os responsáveis por entender a cultura organizacional como diferencial estratégico do negócio”, analisa Mariane Guerra.

Pilar meio ambiente – “Trata-se de um tema delicado, pois traz consigo um investimento inicial por parte das empresas, com um retorno no futuro tanto na forma de imagem da companhia quanto de dividendos e lucros para seus acionistas e proprietários”, observa Mariane.

Na opinião da vice-presidente de RH da ADP, o líder de RH da empresa deve buscar uma capacitação, para si e para seus diretores, que aponte caminhos para a busca de resultados por meio dessas práticas sustentáveis.

Pilar social – A temática social é das mais importantes, uma vez que aborda temas como a inclusão e a importância da diversidade no ambiente corporativo. “Por que precisamos ter pessoas de raças, credos e pensamentos diferentes na empresa? Embora a pergunta seja complexa, a resposta pode ser simples: para que possamos crescer com as experiências e visões de mundo de cada um. Ou seja, eu, como indivíduo, vou me beneficiar – financeira e culturalmente – do que outra pessoa, que pensa diferente de mim, trará para o dia a dia de onde trabalho”, comenta.

“É por esse motivo que na ADP a promoção da diversidade está no Plano de Negócio. Hoje, contamos com uma série de ações e programas para nos ajudar a consolidar de fato essa realidade em todas as áreas da companhia”, complementa.

Pilar governança – “Aqui estamos falando de transparência nas decisões e práticas tomadas pela empresa. O mesmo levantamento da Harris Poll/Google Cloud aponta que 58% dos CEOs mundo afora praticam o chamado greenwashing, ou seja, fazem propaganda enganosa de seus projetos de sustentabilidade. Traduzindo: falam muito, mas fazem pouco. Essa é uma compreensão equivocada das práticas ESG, que acabará cobrando seu preço em um futuro cada vez mais próximo”, aponta a executiva.

A governança é importante para que as decisões sobre os rumos da empresa não fiquem restritas a uns poucos com informações privilegiadas.

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