Desenvolvimento sustentável é tema de evento do Iclei na FDC

Evento do Iclei trará de maneira instrumental boas práticas e/ou projetos e processos que estejam em andamento

31 de maio de 2022 às 0h29

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Perpétuo: é preciso uma mudança do comportamento individual | Crédito: Divulgação

O tema “Desenvolvimento Sustentável na Reconversão de Territórios” dá o tom ao I Encontro Regional de Minas Gerais Iclei América do Sul, a ser realizado na Fundação Dom Cabral (FDC), em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), entre os dias 1º e 4 de junho.  Nos dois primeiros dias, a conferência será parte do 37º Congresso Mineiro de Municípios, no Expominas, na região Oeste de Belo Horizonte.

A rede Governos Locais pela Sustentabilidade (Iclei) conta com mais de 2.500 governos locais e regionais comprometidos com o desenvolvimento urbano sustentável. Ativo em mais de 125 países, o grupo influencia as políticas de sustentabilidade e impulsiona a ação local para o desenvolvimento de baixo carbono, baseado na natureza, equitativo, resiliente e circular.

Segundo o secretário-executivo do Iclei América do Sul, Rodrigo Perpétuo, durante os três primeiros dias a agenda inclui painéis, mesas-redondas e discussões sobre os temas propostos no Encontro, como biodiversidade e as boas práticas de Nova Lima, Soluções Baseadas na Natureza e Marco Global pós-2020 e turismo em áreas de mineração. Já no último dia do evento, os participantes vão visitar o Distrito de São Sebastião de Águas Claras (Macacos), em Nova Lima.

“O encontro do Iclei em Minas tem o objetivo de pautar, primeiro, um momento de desenvolvimento sustentável bastante alinhado com três marcos globais da sustentabilidade: o Acordo de Paris, a Convenção da Diversidade Biológica e a Nova Agenda Urbana. E, por outro lado, trazer de uma maneira muito instrumental, boas práticas e/ou projetos e processos que estejam em andamento. É o caso da revisão do Plano de Ação Climática de Minas Gerais, com um componente de inovação; do Interact Bio, que se encerra trazendo diretrizes de biodiversidade para dentro dos instrumentos de planejamento metropolitano e urbano; e a perspectiva de gestão de áreas protegidas locais. Trabalhamos, também, um eixo muito forte de reconversão de territórios olhando para a realidade de Minas Gerais, uma realidade difícil de ser transformada. Em pleno século 21, o Estado depende em grande medida do extrativismo mineral e suas cidades têm dificuldades de pensar em um futuro em que a mineração terá se exaurido. Por isso propomos essas reflexões relacionadas à reconversão de  territórios minerados”, explica Perpétuo.

O encontro visa à promoção de intercâmbio entre órgãos e entidades da administração pública, sociedade civil, entidades não governamentais, empresas, universidades e grupos de representação como as juventudes. A plenária “Desenvolvimento de Baixo Carbono”, que abre o evento, vai apresentar os primeiros resultados do desenvolvimento do Plano de Ação Climática do Estado de Minas Gerais, as prioridades do Reino Unido em relação à agenda de neutralidade de carbono e a campanha Race to Zero atrelada a um plano de inovação para a descarbonização em Minas Gerais.

Eden

A seção “Diversificação Econômica e Reconversão de Territórios”, além de práticas que utilizaram Soluções Baseadas na Natureza para problemas urbanos, conta com a participação do CEO do ambicioso projeto Eden, David Harland. Localizado em Cornwall, na Inglaterra, o local é um complexo com palcos, restaurantes, jardins e abriga a maior floresta tropical em ambiente controlado do mundo, com espécies trazidas do mundo inteiro e, o outro, milhares de espécies vegetais de clima mediterrâneo.

O projeto, aberto em 2001, tem como objetivo criar um elo entre as pessoas e a natureza, e mostrar a importância da sustentabilidade das plantas. Diversas pesquisas são conduzidas no parque.

A escolha do terreno de uma antiga mina, além de revitalizar a área, apresentava características importantes para o projeto, como estar voltado para o Sul e possuir diferentes vistas para o mar. Além de Harland, o diretor de Clima, Energia e Baixo Carbono da Embaixada do Reino Unido no Brasil, Richard Ridoult vai falar sobre o assunto.

O evento também vai selar a parceria do Iclei América do Sul com os seguintes parceiros: UrbBrasil, Anglo American, Associação de Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig), além do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O evento também vai oferecer treinamentos relacionados à Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) e Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis (OICS). 

Um dos momentos mais esperados do Encontro é o encerramento com uma aula show com Gilberto Gil e participação especial de Benki Ashaninka, liderança indígena, representante político e xamânico do povo Ashaninka, do Acre, no Palácio das Artes, no hipercentro. O trabalho de Ashaninka é reconhecido internacionalmente e junto com seu povo foi o responsável pelo plantio de mais de dois milhões de árvores na Amazônia. Ingressos para o evento no link encurtador.com.br/suEGX.

“A arte é, de fato, o instrumento mais potente para transformar comportamentos, percepção de mundo e é disso que se trata. A agenda do desenvolvimento sustentável requer a mudança do comportamento individual, coletivo, institucional e corporativo. Nada melhor que a arte para ajudar nesse movimento”, pontua o secretário-executivo do Iclei América do Sul.

O evento contará ainda com a abertura da exposição Povos Originários do fotógrafo Ricardo Stuckert, que permanecerá aberta ao público até o dia 13 de junho. Ambas as iniciativas terão uma apresentação única no Brasil e toda a verba arrecadada será destinada aos custos do evento e para ações de plantio e educação ambiental nas periferias de Belo Horizonte.

O projeto Outras Florestas propõe fazer de Belo Horizonte uma cidade comprometida com as causas ambientais utilizando a cultura como elemento de transformação social e combate às desigualdades. Além do Iclei América do Sul, também apoiam o projeto da Ong Contato, o Instituto Yorenka Tasorentsi (Acre) e empresas de turismo de Belo Horizonte.

Em Minas Gerais, o Iclei possui uma rede de 13 associados dos quais o governo do Estado de Minas Gerais que aderiu em 2007 e a capital Belo Horizonte desde 1993. Neste território, o Iclei implementa projetos relacionados a diferentes linhas de trabalho: que promovem baixas emissões quanto e enfocados na preservação e restauração da biodiversidade. Entre os principais projetos implementados e apoiados estão o Interact-Bio, o Urban Leds, o Programa de Aceleração de Unidades de Conservação no âmbito do projeto Áreas Protegidas Locais, o Horizonte 2030, o ClimAtiva, e o Minas Gerais Solar PV.

As inscrições para o  I Encontro Regional de Minas Gerais Iclei América do Sul, nos dias 1 e 2 podem ser feitas por este link, e neste endereço para os dias 3 e 4 de junho.

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