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Histórias portuguesas, com certeza

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  • Por Diário do Comércio
  • Em 10 de março de 2020 às 00:13
Crédito: Freepik

Cesar Vanucci*

“O português é um realista, ao tempo que um singelo sentimental.” (Adelino Magalhães)

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Eu sei que vai ter nêgo dizendo que estas mal alinhadas estão padecendo, volta e meia, de excessos nostálgicos. Quase tanto quanto, talvez, as letras dos boleros do Agustin Lara, à época em que o talentoso compositor mexicano, no auge da fama, amargava incurável “dor de cotovelo” por conta do amor não ou mal correspondido da linda atriz Maria Félix.

Mas querem saber duma coisa? Mesmo sem consultar ninguém, garanto que um punhado considerável de viventes de minha geração concorda comigo, em gênero, número, caso e grau, quando sustento, convicto, que os espetáculos de humor do passado eram incomparavelmente mais divertidos dos que os destes tempos ambíguos.

José Vasconcelos, as duplas Lauro Borges e Castro Barbosa, Paulo Gracindo e Brandão Filho, e mais Chico Anísio, Agildo Ribeiro, Golias, sem falar em Oscarito, Sônia Mamede e Grande Otelo, sabiam compor personagens, protagonizar situações engraçadas com estilo e competência raramente observados nas performances hilárias do rádio, teatro e televisão de nossos dias.

Naqueles tempos, a apelação respeitava limites. Nada desse colosso de frases de sentido dúbio grosseiro, de vez em sempre introduzidas nos textos dos comediantes. No começo dos anos 50, o Brasil inteiro gargalhou, à bandeiras despregadas, como se costumava então dizer, com um disco de acetato, 78 rotações, do José Vasconcelos.

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Tratando de coisas triviais do cotidiano, despojadas de impertinências, as piadas eram repassadas em todas as rodas, produzindo risadas francas e soltas. A PRK 30 entrava nas casas com saborosas interpretações do momento mundano, político e econômico, sem concessões à vulgaridade.

As “histórias de português” desfrutavam de espaço especial no anedotário das ruas. Como ainda hoje ocorre, exprimiam, no fundo, um jeito carinhoso de retratar os hábitos e o linguajar dos queridos irmãos lusitanos. De uma feita, um comendador cheio de trique-trique, desavisado quanto a essa circunstância afetiva, queimou no golpe. Deu publicidade ao seu inconformismo com relação ao tratamento dispensado aos patrícios, por ele considerado ofensivo nessas “historinhas insolentes.”

A desconcertante reação, como de se imaginar, teve efeito de “piada pronta” no imaginário popular. Mais ou menos assim: “Você, aí, meu chapa: já conhece a última dos dois irmãos irlandeses? “Que mané irmãos irlandeses? “O Joaquim e o Manuel, uns gajos envolvidos numa trapalhada bestial lá no Tejo…”

Este papo desataviado, com anotações sobre os caminhos percorridos pela comicidade popular, retiradas do baú, chega a propósito de uma bem-humorada coletânea de “histórias de português” que minha estimada amiga advogada Patrícia Rios, valorosa militante das lutas pelos direitos humanos, andou distribuindo, via correio eletrônico, para desfrute dos amigos, na condição de navegante dos mares da internet. Genuínas piadas de salão, transmitidas pela rede a nível mundial, obedecem àquela linha descontraída da graça sem malícia incomodativa, nem fraseado chulo.

Imaginando que o comendador “irlandês” mencionado acima não mais se disponha a arremeter-se, todo arcabuzado, contra os desaforados propagadores dessas “atrevidas invencionices”, desejo compartilhar, daqui pra frente, com os meus confessos 25 benevolentes leitores, algumas das “histórias de português” que me foram cordialmente encaminhadas. Vamos lá, às últimas de Lisboa.

• Gêmeo tenta se suicidar e mata o irmão por engano.
• Lançaram em Portugal, o novo serviço por telefone, É o “Disque-Finados”. A gente chama e ouve um minuto de silêncio!
• O portuga estava dirigindo em uma estrada, quando deu com a placa: “Curva perigosa à esquerda”. Não teve dúvidas: virou à direita!
• Por que os portugueses usam somente a letra “T” nas agendas de telefone? Telefone do Antônio, telefone do Joaquim, telefone do Manoel, telefone do Pereira…
• – Manuel, você gosta de mulher com muito seio?
– Não, pra mim dois já tá bom.
• Papo entre empregado e chefe.
– Chefe, nossos arquivos estão superlotados, posso jogar fora os que têm mais de 10 anos?
– Sim, mas não esqueça de tirar antes uma cópia de todos.
• O filho chega pro pai e diz:
– Papai, posso ir lá fora ver o eclipse?
– Pode meu filho, mas não chegue muito perto.
• Por que o banco 24h não deu certo em Portugal?
– Porque mal davam 23:30 e já tinha uma fila enorme.
• O gajo se impressiona com a máquina de refrigerante. Coloca uma fichinha e cai uma latinha. Coloca 2 fichinhas e caem 2 latinhas. Coloca 10 fichas e caem 10 latinhas. Então vai ao caixa e pede 50 fichas. O vendedor pondera:
– Desse jeito o sr. acaba com as minhas fichas.
– Não adianta, eu não paro, enquanto estiver ganhando.
• O assaltante aborda o Manoel no meio da rua.
– Pare! – ordena.
– Impare! – grita de volta o Manoel, estendendo três dedos.
– Mas eu estou te roubando – explica o assaltante.
– Então não brinco mais!
• – Como é restaurante “self-service” português?
– O cliente é pesado, na entrada e na saída.
• – Por que o português, cada vez que compra uma caixa de leite, abre-a, ali mesmo, no supermercado? Segue à risca o que vem escrito na caixa: “Abra aqui.”

*Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

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Há 90 anos – Episódio 01
Fatos que marcaram a década de 1930

  • Tags: histórias portuguesas, OPINIÃO, Portugal
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