Aprovação de Mandetta atinge 76%

4 de abril de 2020 às 0h09

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Crédito: REUTERS/Adriano Machado

São Paulo – O Ministério da Saúde, comandado por Luiz Henrique Mandetta, tem uma aprovação mais de duas vezes superior à atribuída ao presidente Jair Bolsonaro em meio aos esforços de combate à pandemia de coronavírus que colocou presidente e ministro em campos opostos, mostrou pesquisa do instituto Datafolha divulgada na sexta-feira (3).

De acordo com o levantamento, 76% dos entrevistados aprovam o desempenho da pasta, número que era de 55% na pesquisa anterior feita entre 18 e 20 de março. Já Bolsonaro viu sua aprovação oscilar para baixo dentro da margem de erro, de 35% para 33%, mostrou a pesquisa publicada no site do jornal Folha de S.Paulo.

Ao mesmo tempo, a reprovação ao Ministério da Saúde foi de 12% para 5% e o percentual dos que avaliam a pasta como regular de 31% para 18%. No caso de Bolsonaro, a reprovação passou de 33% para 39% e o percentual dos que avaliam seu trabalho como regular de 26% para 25%.

Bolsonaro tem defendido o fim do isolamento social, medida adotada para conter o avanço do coronavírus, ao passo que Mandetta tem se colocado a favor. O presidente disse em entrevista à rádio Jovem Pan na quinta (2) que falta humildade ao titular da Saúde, que ele deveria ouvi-lo mais e afirmou que Mandetta “extrapolou”.

O levantamento mostrou oscilação positiva, dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais, da aprovação dos governadores em meio à pandemia, com 58% agora, ante 54% na sondagem anterior. O percentual dos que reprovam o desempenho dos governadores se manteve em 16% e aqueles que o consideram regular foi de 28% para 23%.

O presidente também tem mantido atrito com os governadores com críticas quase diárias aos chefes dos Executivos estaduais por causa da adoção por eles de medidas de restrição de circulação –como fechamento do comércio não essencial– como ferramenta de enfrentamento da pandemia.

Nesta seara, Bolsonaro já trocou farpas publicamente com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e viu seu antigo aliado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), romper com ele por causa da sua defesa de que as pessoas voltem ao trabalho.

Em meio à crise gerada pela pandemia de coronavírus, que já matou mais de 300 pessoas no Brasil com mais de 7 mil casos confirmados no país de Covid-19, doença provocada pelo vírus, Bolsonaro também se tornou alvo de críticas de parlamentares e tem tido medidas suas contestadas na Justiça.

O Datafolha ouviu 1.511 pessoas por telefone entre quarta-feira e esta sexta. A margem de erro da pesquisa é 3 pontos percentuais.

Também na sexta-feira, pesquisa do Ipespe para a XP Investimentos mostrou que avaliação de governo Bolsonaro piorou, enquanto a aprovação a governadores disparou. (Reuters)

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