Avaliação negativa do governo avança para 31% em maio, de acordo com a XP

Brasília e São Paulo – A avaliação negativa do governo do presidente Jair Bolsonaro passou para 31% em maio ante 26% em abril, com a provável migração para o campo ruim e péssimo de pessoas que antes disseram não saber ou que não responderam, apontou pesquisa XP Ipespe na sexta-feira (10).
De acordo com o levantamento, o percentual daqueles que consideram o governo ótimo ou bom se manteve em 35%, enquanto os que consideram a administração Bolsonaro regular passaram para 31% em maio ante 32% no mês anterior.
Não responderam ou não sabiam avaliar 3% dos entrevistados, ante 7% no levantamento passado.
“Considerando a redução de quatro pontos percentuais entre as pessoas que não responderam ou não sabiam avaliar, é provável que entrevistados desse grupo tenham migrado para uma avaliação negativa do governo”, afirmaram os responsáveis pela pesquisa em comunicado.
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A margem de erro do levantamento é de 3,2%. Foram feitas 1.000 entrevistas telefônicas nos dias 6 a 8 de maio.
Sobre a expectativa dos entrevistados para o restante do mandato de Bolsonaro, 51% disseram acreditar que será ótimo ou bom ante 50% em abril, enquanto a expectativa de que será ruim ou péssimo passou a 27% ante 23% e a regular foi a 17% ante 18%.
A pesquisa também abordou, pela primeira vez, a proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso. A PEC da Nova Previdência tem o apoio de 44% da população, ainda que 21% divirjam parcialmente do texto. Outros 51% discordam da PEC, mas nesse grupo 22% acreditam que alguma reforma seja necessária.
No total, para 62% dos entrevistados é necessária uma reforma da Previdência (eram 61% em abril), e 32% disseram não ser necessária (33% em abril).
A pesquisa foi realizada pela XP Investimentos em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).
“Tsunami” – O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta sexta-feira que o governo vem enfrentando alguns problemas e que pode até ter de encarar “um tsunami” na próxima semana, mas que vencerá os obstáculos e que está sempre em busca de se antecipar aos problemas.
“Alguns problemas, sim, talvez tenha um tsunami na semana que vem, mas a gente vence o obstáculo com toda certeza. Somos humanos, alguns erram, alguns erros são perdoáveis, outros não”, disse Bolsonaro em discurso de improviso ao participar de encontro com gestores da Caixa em Brasília.
O presidente não deixou claro se o “tsunami” se referia a alguma situação específica a ser enfrentada pelo governo.
Nos próximos dias o governo tentará aprovar no Congresso a medida provisória 870, que trata da reestruturação administrativa do governo. A MP perderá a validade em 3 de junho caso não tenha sua tramitação concluída até lá. (Reuters)
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