CSN vai investir R$ 1,5 bi em São Paulo
São Paulo – A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) vai investir R$ 1,5 bilhão para construir uma usina de galvanização de aço que terá capacidade para 350 mil toneladas por ano, afirmou ontem o presidente-executivo do grupo siderúrgico, Benjamin Steinbruch.
A usina será construída no estado de São Paulo em cidade ainda não escolhida, afirmou o executivo durante entrevista coletiva a jornalistas na sede do governo paulista.
“Ter um polo que você possa convergir com a logística e o barateamento do custo é vital para que se viabilize uma produção integrada do setor”, disse Steinbruch sobre o interesse da companhia em construir a usina em uma das cidades que compõem o chamado Polo Metal-metalúrgico de Máquinas e Equipamentos de São Paulo.
“Os polos têm a convergência, não só dos grandes clientes, como daqueles que fazem parte da cadeia. Quanto mais próximo estiver, melhor.”
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O Polo Metal-metalúrgico de Máquinas e Equipamentos de São Paulo engloba as regiões de Campinas, Ribeirão Preto, ABC, Alto Tietê e Oeste, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba e Vale do Paraíba.
A CSN, que tem uma usina de aço bruto em Volta Redonda (RJ), espera que os desembolsos para o projeto em São Paulo ocorram ao longo dos próximos 36 meses.
A companhia havia informado no início de maio que estava em fase final de planejamento para instalação de uma nova linha de galvanização que exigiria investimento de R$ 1 bilhão. A CSN inicia neste mês trabalhos de reforma no alto forno 3 da usina de Volta Redonda, em que vai investir cerca de R$ 200 milhões. Os trabalhos deverão ampliar a capacidade do equipamento entre 400 mil e 500 mil toneladas por ano, afirmou na época o diretor comercial da companhia, Luis Fernando Martinez.
Questionado sobre venda de ativos do grupo, que busca reduzir endividamento, Steinbruch afirmou que a empresa poderá acertar nesta quinta-feira acordo para assinatura de contrato de streaming de minério de ferro com fundos canadenses e ingleses.
Reajuste – A CSN se prepara para fazer em julho desse ano um aumento de 10% em seus produtos siderúrgicos, afirmou mais cedo o diretor comercial da companhia Luis Fernando Martinez.
“O aumento está relacionado a custos mais elevados. O aumento será no dia 1 de julho, de 10%”, disse o executivo se referindo a preços de minério de ferro e impactos do câmbio. “Será aplicado para todos os produtos”, acrescentou. Em abril, a siderúrgica já havia elevado seus preços na ordem de 10%. (Reuters)
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