Política

Meta do governo seria ter superávit em 2025

Meta do governo seria ter superávit em 2025
Proposta do novo arcabouço fiscal já foi apresentada pela equipe econômica ao presidente Lula | Crédito: Edu Andrade/Ministério da Fazenda

Brasília – A proposta de arcabouço fiscal a ser encaminhada pelo governo ao Congresso para substituir a regra do teto de gastos terá como objetivo chegar ao déficit zero no ano que vem e a um superávit primário de 0,5% em 2025 e de 1% em 2026, afirmou à Reuters uma fonte familiarizada com o assunto ontem.

De acordo com a fonte, que falou sob condição de anonimato enquanto a proposta é apresentada pelo governo a lideranças no Congresso, o arcabouço é uma regra de gasto combinada com meta de superávit primário, com mecanismos de ajuste em caso de não atendimento.

“A despesa cresce sempre menos que a receita”, disse a fonte.

Uma segunda fonte com conhecimento da proposta disse que o arcabouço também prevê que as despesas correntes do governo serão o parâmetro para o controle dos gastos públicos.

O teto de gastos estabelecia uma regra única para a limitação do crescimento das despesas primárias totais do governo, sem distinção. As despesas correntes incluem gastos como benefícios previdenciários sociais, salários, contas de energia e água e transferências a Estados e municípios, mas não consideram investimentos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu ontem no Palácio da Alvorada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, demais ministros e parlamentares para debater a proposta, apresentada a líderes da Câmara.

A apresentação da proposta do arcabouço chegou a ser prevista para março, mas acabou adiada para abril. A medida buscará retirar amarras consideradas muito restritivas pelo governo e instituir um sistema orçamentário mais flexível.

Fontes já haviam afirmado à Reuters que, ao elaborar o arcabouço, o Ministério da Fazenda descartou ideias que propunham o uso da dívida pública como âncora fiscal.

A visão de membros da pasta é que o indicador de dívida também varia por fatores alheios à capacidade de gestão do governo federal. Entre eles, a taxa básica de juros, que pressiona a dívida pública quando elevada pelo Banco Central.

Padilha – O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quarta-feira que o novo arcabouço fiscal estabelece medidas anticíclicas e permite planejamento e previsibilidade das contas públicas.

Padilha O ministro pontuou que a lei que estabelece o novo arcabouço tem como prazo para encaminhamento ao Congresso o dia 15 de abril, já que ela tem que estar compatível com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas disse que isso não impede o governo de anunciar antes qual vai ser a regra do novo arcabouço fiscal que substituirá o teto de gastos.

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