Governo de Minas reutiliza resíduos de obras do Provias em pavimentação de estradas

Projeto do Governo de Minas, realizado por meio do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), está dando uma nova destinação para os resíduos resultantes dos processos de fresagem das obras do Provias, pacote de recuperação funcional das rodovias no Estado.
O insumo está sendo reutilizado para melhorar as condições de tráfego das estradas não pavimentadas de Minas. A medida, além de evitar a criação de um passivo ambiental, gera economia aos cofres públicos.
Desde o início do Provias, a fresa, como é chamado o resíduo, tem substituído, em muitos casos, o cascalho extraído de jazidas para melhorar as estradas de terra. Essa ação tem beneficiado o escoamento da produção agrícola e leiteira de muitas regiões no Estado, além de melhorar a qualidade de vida de quem utiliza esses trechos no dia a dia.
Dentre as estradas contempladas está a LMG-726, no trecho de aproximadamente 40 quilômetros entre o município de Presidente Olegário e o distrito de Galena, na região Noroeste do Estado.
O trecho vem recebendo serviços de patrolamento e encascalhamento de pontos críticos com a utilização do material fresado proveniente das obras da MG-410, entre Bela Vista e o entroncamento da MGC-354. Ao todo, foram utilizados 1.820 metros cúbicos de resíduos. Isso equivale a aproximadamente, 150 viagens de caminhão.
O material também é usado nos acessos para as rodovias. Conhecida como limpa-rodas, a fresa é aplicada nas entradas e saídas para comunidades, povoados e distritos contíguos às rodovias estaduais.
Para o coordenador regional do DER-MG em Patos de Minas, Vinícius Sousa, essa é uma forma técnica econômica que tem como objetivo melhorar a trafegabilidade das vias não pavimentadas substituindo o cascalho por um material mais resistente. “É um material muito resistente e durável”, conclui.
Outra estrada que também recebeu melhorias com a aplicação da fresagem foi a rodovia LMG-746, entre Monte Carmelo e Chapada de Minas, no Alto Paranaíba. Nesse caso foram quatro quilômetros de via que receberam o material em agosto de 2022.
Foram aplicados cerca de 3,7 mil metros cúbicos do material, o que corresponde a mais de 300 caminhões de materiais. A origem de todo esse resíduo são as obras da rodovia MG-190, entre o perímetro urbano de Abadia dos Dourados e o entroncamento para a BR-365, sentido Uberlândia.
O coordenador regional do DER-MG em Monte Carmelo, Renan Cunha, afirma que existem inúmeras vantagens com esse reaproveitamento. “Resolve problemas de atoleiros e excesso de pó, melhorando as condições de tráfego, principalmente em períodos de chuva”, explica.
A rodovia atende famílias que vivem da agricultura, da pecuária, além de crianças, adolescentes e adultos que utilizam o transporte escolar. As melhorias contemplam, ainda, o acesso ao campus da Universidade Federal de Uberlândia, em Monte Carmelo.
Outros destinos

Além do uso em obras de manutenção e conservação da rede não pavimentada, o material de fresagem também pode ser utilizado com outras finalidades. O insumo extraído das obras de recuperação funcional do Provias na região de Manhumirim, por exemplo, foi doado a algumas prefeituras da região.
Um dos municípios beneficiados foi Carangola, na Zona da Mata. O prefeito do município, Silas Vieira, conta que a fresagem foi aplicada em pontos críticos de estradas rurais de comunidades próximas à cidade. “A doação do DER-MG veio em boa hora e vai nos ajudar a enfrentar o período chuvoso com menos atolamentos”, declara.
De acordo com Vieira, Carangola tem uma demanda enorme de manutenção e conservação de estradas rurais que somam mais de três mil quilômetros. “É um desafio constante garantir a trafegabilidade das pessoas com uma malha municipal deste tamanho. O uso desse material reduz gastos e diminui a demanda de novos materiais, preservando o meio ambiente”, relata.
Além dos municípios mineiros, os resíduos extraídos das obras também são reaproveitados em estradas estaduais. Com é o caso do material resultante da recuperação da BR-251, no Norte de Minas, cujos resíduos foram destinados à regularização do bordo da pista da LMG-626, no trecho entre o entroncamento da BR-251 e o município de Curral de Dentro.
O coordenador regional o DER-MG, em Salinas, Wesley Santos, explica que a utilização da fresa nas áreas de acostamento permitiu criar um ambiente mais seguro sem o degrau que existia antes. “Fizemos este serviço dentro da técnica com a conformação e a drenagem necessárias para dar mais segurança para o usuário”, afirma.
(Com Agência Minas)
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