Finanças

FMI: crescimento global será “resiliente”

O Banco Mundial divulgou na terça-feira (10) uma perspectiva sombria para 2024
FMI: crescimento global será “resiliente”
Foto: Yuri Gripas/Arquivo/Reuters

Washington – O crescimento econômico global permanecerá “resiliente” este ano, após um 2023 mais forte do que o esperado, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) ontem, ressalvando que é necessário trabalhar para impulsionar as taxas de crescimento global acima de uma faixa anêmica de 3% no médio prazo.

A porta-voz do FMI, Julie Kozack, disse em uma coletiva de imprensa que a economia global parece estar caminhando para um “pouso suave”, com a inflação diminuindo e os mercados de trabalho resistentes, mas os países de baixa renda ainda podem ficar para trás. Espera-se que o FMI divulgue uma atualização de suas previsões econômicas no final deste mês.

O Banco Mundial divulgou na terça-feira (10) uma perspectiva sombria para 2024, prevendo que o crescimento do PIB global desaceleraria pelo terceiro ano consecutivo para 2,4%, o que colocaria em risco as metas de redução da pobreza.

Kozack disse que as terríveis previsões de recessões em muitas regiões, predominantes há um ano, não se concretizaram em 2023.

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“Portanto, tivemos uma economia global relativamente resiliente até agora. Esperamos que essa resiliência continue em 2024”, disse Kozack, observando que a inflação está caindo.

Mas as notícias “não são de todo boas”, porque o crescimento recente e de curto prazo de cerca de 3% é menor do que as taxas de crescimento globais médias anteriores, pré-pandemia de Covid-19, de cerca de 3,8%.

“Portanto, temos trabalho a fazer para elevar o crescimento global, especialmente no médio prazo”, disse Kozack, acrescentando que a situação apontava para a necessidade de políticas e reformas sólidas que pudessem aumentar a produtividade.

Perguntado se a resiliência econômica em 2024 se estenderia para além dos Estados Unidos, Kozack disse que há uma divergência de perspectiva entre países e regiões, com o risco de os países de baixa renda ficarem ainda mais para trás.

“Eles estão tendo mais dificuldade para se recuperar de uma série de choques, incluindo a pandemia, os choques nos preços dos alimentos e do petróleo”, disse ela, acrescentando que o trabalho do FMI em 2024 terá um forte foco em ajudar os países membros mais vulneráveis.

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