Fed atende expectativa e eleva taxa de juros

Washington – O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, elevou a taxa de juros ontem, como esperado, e deixou sua perspectiva de política monetária para os próximos anos praticamente inalterada em meio ao crescimento econômico estável e a um mercado de trabalho forte no país.
Em um comunicado que marcou o fim da era de política monetária “expansionista”, as autoridades do Fed elevaram os juros básicos em 0,25 ponto percentual, para um intervalo de 2,00% a 2,25%.
O Fed ainda prevê outro aumento de juros para 2018, em dezembro, mais três no ano que vem e um aumento em 2020. Isso colocaria os juros do banco central americano em 3,4%, cerca de 0,5 ponto percentual acima da taxa de juros “neutra” estimada, na qual os juros não estimulam nem restringem a economia.
A projeção é de que essa postura de política monetária de maior rigidez permaneça até 2021.
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Mas o Fed vê a economia norte-americana crescendo a um ritmo mais rápido do que o esperado de 3,1% este ano e continuando a expandir moderadamente por, pelo menos, mais três anos, em meio ao desemprego baixo e inflação estável perto da meta de 2% do banco central dos Estados Unidos.
“O mercado de trabalho continuou a se fortalecer. A atividade econômica vem subindo a um ritmo forte”, disse o Fed em comunicado que removeu sua antiga referência ao fato de que a política monetária permanecia “expansionista”.
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Nova perspectiva – O Federal Reserve não inseriu nenhuma linguagem substituta para a frase, que foi algo básico em sua orientação para os mercados financeiros e a população norte-americana durante grande parte da última década. A redação se tornou menos e menos precisa desde que o banco central americano começou a aumentar os juros no final de 2015 de um nível próximo de zero, e sua remoção significa que o Fed agora considera juros quase neutros.
O aumento divulgado ontem pelo banco central dos Estados Unidos foi o terceiro realizado em 2018 e o sétimo nos últimos oito trimestres. Antes do comunicado de ontem, os operadores colocavam a chance de um aumento dos juros em 95%, de acordo com o CME Group. (Reuters)
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