Abertura de pequenos negócios em Minas cresce quase 5%

4 de novembro de 2020 às 0h20

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Formalização de MEIs também contribuiu consideravelmente para o aumento do número de pequenos negócios no Estado ao longo deste ano | Crédito: MANOEL EVANDRO

Apesar da crise econômica imposta pela pandemia de Covid-19, a abertura de pequenos negócios em Minas Gerais entre janeiro e setembro deste ano foi 4,93% maior que o registrado em igual intervalo de 2019.

Já o encerramento de empresas no setor caiu 6% comparado ao mesmo período, conforme levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Minas, com base em dados da Receita Federal.

Nos nove primeiros meses deste exercício, 269.557 empreendimentos foram registrados no Estado, enquanto na mesma época do ano passado, o número foi de 256.894. Já os pequenos negócios encerrados de janeiro a setembro de 2020 foram 93.853, contra 99.872 em iguais meses de 2019.

O levantamento considera o somatório de registros de microempreendedor individual (MEI) e micro e pequena empresa (MPE) e, de acordo com a economista e analista da unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Bárbara de Castro, no caso da abertura dos pequenos negócios, o resultado positivo foi puxado pela formalização dos MEIs, que teve um aumento superior a 7% no acumulado deste exercício.

“A categoria de MEI foi a grande responsável pelos números positivos em termos de abertura de empresas e isso ocorreu por diversos fatores, como, por exemplo, pessoas que saíram do mercado de trabalho formal ou ainda que tiveram suas rendas reduzidas com as medidas emergenciais do governo e resolveram apostar em um negócio próprio”, explicou.

Ela citou ainda casos de pessoas que estavam na informalidade enxergaram a oportunidade para se formalizar e migração entre as categorias. E quanto às micro e pequenas empresas, a analisa falou sobre os reflexos da crise sanitária causada pela pandemia.

“Tivemos um longo período de medidas de distanciamento social com inúmeros negócios considerados não essenciais impedidos de funcionar, isso impactou não apenas no fechamento de muitos deles, mas também na migração de porte, com os empresários buscando o novo enquadramento em MEI, justamente, porque tem uma questão burocrática menor e custos menos onerosos”, ressaltou.

Neste sentido, Barbara de Castro detalhou que as micro e pequenas empresas sentiram mais os impactos da crise econômica.  A abertura de negócios nos dois segmentos caiu 5,75% entre janeiro e setembro deste ano, enquanto o fechamento aumentou 11%. Na direção oposta, a formalização de microempreendedores individuais aumentou 7,25% no período, enquanto a baixa de registros na categoria diminuiu 13,55%.

O levantamento do Sebrae mostrou também que, embora tenha havido destaque positivo na criação, no caso do encerramento dos negócios, Minas Gerais registrou o dobro de pequenos negócios encerrados do que a média brasileira.

Cenário – Por fim, a economista disse que ainda é cedo para traçar projeções e expectativas sobre a longevidade destes pequenos negócios, mas ressaltou que a economia de modo geral já está retomando o fôlego, conforme alguns dos principais indicadores nacionais.

“Há um sinal positivo. A partir do momento que a economia começa a reagir, o ambiente também melhora, as pessoas voltam a consumir e os negócios são beneficiados. Cabe aos empresários ficarem sempre atentos ao cenário, ao comportamento das pessoas e às oportunidades”, indicou.

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