Alckmin promete parceria com Minas Gerais

31 de julho de 2018 às 0h00

O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, prometeu que caso eleito, Minas Gerais terá a maior parceria com o governo federal da história. O tucano disse, em debate realizado pelo Fórum das Entidades Empresariais de Minas Gerais, na Capital, que se trata de uma questão de justiça, enaltecendo o Estado como a terceira unidade federativa brasileira em termos econômicos e segunda quanto à população. “No último sábado foi homologada a candidatura de Antonio Augusto Anastasia ao governo de Minas e, junto, vamos fazer uma grande parceria para recuperar o Estado. A ideia é investir nas rodovias federais, na infraestrutura, nos recursos hídricos do rio São Francisco, no turismo, na saúde e em tantas outras frentes que movimentam a economia mineira”, anunciou. Sobre as propostas em âmbito nacional, ele voltou a falar da necessidade da recuperação econômica do Brasil e da geração de emprego e renda. Citou a adoção de medidas macro e microeconômicas, a urgência na realização das tão esperadas reformas estruturais, a retomada de investimentos em infraestrutura e a desburocratização do País. “Desenvolvimento é o novo nome da paz. Não existe solução econômica se não houver salário, se não tiver consumo. O Brasil tem tudo para se recuperar, basta a implementação de uma agenda de competitividade para fortalecer seus potenciais. Se ganharmos a eleição, vai ter investimento no Brasil. Não haverá mágica, terá trabalho e perseverança”, prometeu. O ex-governador de São Paulo iniciou seu discurso citando a criação de uma agenda de competitividade como o principal desafio da próxima gestão, visando à retomada de investimentos e o reequilíbrio das contas públicas nacionais. Ele lembrou que quem assumir a Presidência em janeiro de 2019 já iniciará o mandato com uma dívida de R$ 139 bilhões e um Congresso extremamente fragmentado. “O Brasil se tornou um país caro e com baixos níveis de investimento. O governo perdeu totalmente sua capacidade de gerir e investir. Vivemos uma crise fiscal sem precedentes e no ano que vem teremos o sexto ano de déficit primário. O próximo presidente terá que agir rapidamente e de maneira articulada para reorganizar e recuperar o País”, opinou. Reformas – Repetindo o discurso da emergência da realização das reformas política, previdenciária, tributária e do Estado, Alckmin revelou que as propostas serão apresentadas logo no primeiro mês de sua gestão e que já possui uma equipe de especialistas debruçada sobre os temas, estruturando os textos das modificações. O tucano afirmou também que nenhum partido vai ter 10% do Congresso depois das eleições de 2018, mas frisou que é preciso usar a força do voto que existe no sistema presidencialista para que essas reformas saiam do papel. “A primeira delas precisa ser a política. Precisamos reduzir o número de partidos e torná-los mais programáticos. Tão importante quanto, a Previdência também precisa de reformulações, pois a composição etária da população mudou”, disse em relação às reformas política e previdenciária. Tributos – Sobre a questão fiscal, ele avaliou que o Brasil é um dos países mais injustos do mundo, considerando a maneira como arrecada e devolve os recursos da população. Criticou o fato de o modelo brasileiro considerar apenas o consumo, enquanto a maior parte das nações baseia a arrecadação no tripé consumo, renda e patrimônio. “No atual modelo, quem ganha menos paga mais”, reiterou. O pré-candidato falou também sobre os impostos, ressaltando que o ideal é que a carga seja reduzida paulatinamente, e falou da necessidade da criação de um único imposto. Ele se referiu ao chamado Imposto de Valor Agregado (IVA), que reuniria cinco tributos: IPI, ISS, ICMS, PIS e Cofins, a partir de uma reforma tributária. “O objetivo no primeiro momento não é reduzir, mas buscar um sistema que estimule a atividade empreendedora, que simplifique e atraia novos investimentos”, explicou. Burocracia – O candidato citou ainda a importância de mudanças na estrutura de governo, com a simplificação e desburocratização do Estado, visando a uma gestão mais eficiente do gasto público. Admitiu que esta será a única forma de retomar o crescimento e o desenvolvimento do País. “Precisamos de eficiência e produtividade, evitando o monopólio e garantindo a competição”, resumiu. Vice – Sobre a escolha de seu vice, o político afirmou que será definido “sem correria”, até sábado, dia 4 de agosto, quando acontece a convenção do PSDB, e que o escolhido não será do seu partido nem de São Paulo. “Temos bons nomes, que seguirão essa linha da redução do Estado e foco no crescimento e aumento da renda”.

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