“Avançamos na ampliação do nosso olhar, descobrindo novas formas de se fazer jornalismo”

16 de outubro de 2021 às 0h29

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Adriana Muls lidera a presidência do DIÁRIO DO COMÉRCIO desde 2019 | Crédito: Michelle Mulls

A jornalista Adriana Costa Muls está à frente da direção do DIÁRIO DO COMÉRCIO desde 2019. É integrante da terceira geração da família que fundou e administra o DIÁRIO DO COMÉRCIO por quase um século. Nesta entrevista, Adriana, que também acumula a função de Diretora Editorial do veículo, fala sobre passado, presente e futuro, destacando as transformações já realizadas desde que assumiu a presidência e o que ainda está por vir.

Qual o balanço dos dois anos à frente da gestão do DIÁRIO DO COMÉRCIO?

Foram dois anos bastante intensos. Assumi a presidência como fruto de um trabalho interno que identificou a necessidade de marcar uma mudança no DC. A missão era projetar o futuro, honrando uma linda história. Iniciamos a gestão com uma reflexão profunda e atualização do nosso propósito, com um trabalho de alinhamento de valores da equipe e da empresa. Logo depois veio a pandemia e com ela o trabalho remoto e o distanciamento físico com nossos colaboradores. Mas conseguimos avançar muito neste período. Aprendemos, inovamos, superamos desafios. Temos, claro, o nosso papel e o nosso propósito, sabemos o porquê queremos ser reconhecidos. Elaboramos e implantamos o nosso plano de integração e presença digital e temos evoluído nas entregas, na audiência e nos resultados. Avançamos na ampliação do nosso olhar, descobrindo, a cada dia, novas formas de se fazer jornalismo, sempre atentos à nossa responsabilidade e propósito.

Quais as principais transformações?

As transformações estão acontecendo, e este processo é contínuo. Mas trabalhamos em dois pilares fundamentais: negócio e propósito. No que diz respeito ao negócio, a principal transformação é a digital, que, sem dúvida, amplia enormemente nossa capacidade de entrega e de criar novos produtos. A outra, diz respeito à reflexão do nosso papel enquanto veículo de comunicação. Atualizamos nosso propósito, que é ousado, e estamos ajustando nossa produção de conteúdo e nossas ações a ele, que nos mostra o espaço que podemos e devemos ocupar e que é ainda maior. Isso também se torna possível a partir da oportunidade de entrega que o digital nos traz. Assumimos uma postura ainda mais propositiva, reforçamos nosso papel articulador e aglutinador. Entendemos que somos parte importante de uma transformação necessária, que nossa função é também provocar, apontar caminhos, informar e formar. Não é exatamente uma transformação, mas uma evolução, que fica estampada na nossa nova marca, que hoje apresentamos aos nossos leitores.

O que faz o DIÁRIO DO COMÉRCIO ser tão perene?

Antes de tudo, sua essência. Porque a partir dela construímos uma história baseada em relações de confiança e, porque não dizer, de afeto. Sinto muito orgulho do que foi construído. Somos uma empresa querida pelo mercado, por todos que passaram por aqui ou que de alguma forma se relacionaram com o DIÁRIO DO COMÉRCIO. E, claro, a competência e seriedade com que cumprimos nosso papel ao longo destes 89 anos. Essas relações são nosso grande ativo, o que facilita muito encarar os desafios e projetar o DC para o futuro.

Qual o olhar para o futuro? Os preparativos para o Centenário já começaram?

O futuro começa hoje. E é por isso que temos falado tanto do nosso papel. Porque, se queremos realmente um mundo melhor, cada um tem que se apropriar de sua responsabilidade. Por isso temos tanto zelo com nossa produção de conteúdo e cuidado com as palavras e com o que difundimos. Acreditamos em um mundo melhor, mas precisamos evoluir enquanto sociedade, enquanto indivíduos. O DC está fazendo a sua parte, dia a dia, com sua produção séria de conteúdo, com as causas que defende e com a organização de movimentos. O Movimento Minas 2032, lançado em 2017, articula a sociedade para construção de um projeto de futuro tendo como premissas os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Entramos na última década para cumprir a Agenda 2030 da ONU e é urgente que olhemos para ela com mais intensidade. Além disso, criamos o #juntosporminas, que também tem como objetivo trazer temas estruturantes para discussão aprofundada. Identificando gargalos e propondo soluções para grandes temas, fundamentais para nosso desenvolvimento. Começamos pelo tema água, pela gravidade da crise hídrica que estamos enfrentando, mas sobretudo pelo entendimento de que ela precisa ser vista como um recurso estratégico para o desenvolvimento econômico de Minas. É preciso discutir sua governabilidade. Vamos falar de outros temas como mineração, inovação, energia e outros. E paralelamente a esse olhar institucional, estamos trabalhando fortemente nossa presença e relação com o mercado. Estruturamos uma área comercial, estamos investindo em comunicação com a Agência LFI, trabalhando nosso plano de audiência e novas formas de entrega de conteúdo. A nova marca apresentada nesta edição é o maior símbolo deste processo evolutivo, que está apenas começando. 

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