Brasília – Os chefes de Estado dos países-membros do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – afirmaram, em declaração conjunta, que se comprometem com o fortalecimento das relações internacionais para o desenvolvimento econômico com foco no bem-estar da população. Eles alertaram para o crescente protecionismo comercial e condenaram ações terroristas e de violação de direitos humanos em áreas de conflito. Os líderes do Brics, entre eles o presidente Michel Temer, estão reunidos na 10ª Cúpula do bloco, a ser realizada até hoje, em Joanesburgo, na África do Sul. O tema da cúpula é colaboração para crescimento econômico inclusivo e prosperidade compartilhada na quarta revolução industrial. No documento apresentado ontem, os chefes de Estado destacaram que o encontro deste ano ocorre por ocasião do centenário de nascimento de Nelson Mandela, e reconheceram a contribuição do ex-presidente sul-africano a serviço da humanidade, da democracia e da promoção da cultura de paz no mundo. Eles reafirmaram o compromisso com princípios do multilateralismo, do respeito mútuo entre as nações, com a democracia e com a legislação internacional, e apoiaram o papel central da Organização das Nações Unidas (ONU) na manutenção da paz mundial, da segurança e na proteção dos direitos humanos. Mas ressaltaram a necessidade de reformar a organização, incluindo o Conselho de Segurança, de forma que se torne mais representativa e eficiente. Proteção da biodiversidade – Eles destacaram, ainda, os esforços empreendidos para promover ações focadas em áreas como energia, agricultura, acesso à água, proteção da biodiversidade e questões relacionadas aos desafios do crescimento populacional. O documento também condena todas as formas de terrorismo, incluindo ameaças de ataques químicos e biológicos. Defenderam a ampliação das negociações multilaterais para impedir o avanço desse tipo de ameaça e do uso das novas tecnologias para atividades criminosas, além da produção de armas nucleares. Os presidentes chamaram ainda a atenção para o crescimento da economia global, mas alertaram que ainda há risco de crescimento desigual, refletido em vários desafios como o avanço de conflitos comerciais e volatilidade dos preços de commodities, entre outros. Quarta revolução industrial – Os líderes assinalaram a parceria firmada durante a cúpula em torno da construção de um grupo que trabalhará com foco na quarta revolução industrial. E defenderam a centralidade de um sistema de comércio multilateral, baseado em regras transparentes, não discriminatórias e abertas, como as estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Na declaração, os chefes de Estado elogiaram os acordos firmados nas áreas de infraestrutura, aviação regional, alfândega, taxação e turismo, entre outros, para facilitar transações comerciais e pessoais entre os países. O documento também exalta progressos entre os países nas áreas de cultura, esportes, educação e saúde, com o estabelecimento de um centro do Brics específico para pesquisas de vacinas. Segundo o Itamaraty, o Brics responde por 23% do Produto Interno Bruto (PIB) e 18,2% do comércio mundiais. Em dez anos, o comércio entre os países do bloco evoluiu de US$ 92 bilhões para US$ 288 bilhões.
COTAÇÃO DE 16/06/2022
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