BR negocia compensação por perdas com subsídio

28 de setembro de 2018 às 0h01

Rio de Janeiro – A BR Distribuidora, empresa de combustíveis controlada pela Petrobras, tem negociado com o governo o recebimento de cerca de R$ 25 milhões por perdas após o lançamento do programa de subsídio ao diesel, quando as regras impediam a sua participação no plano, afirmou, ontem, o presidente da empresa, Ivan de Sá.

O programa de subsídio foi uma das medidas encontradas pelo governo federal para encerrar a histórica greve de caminhoneiros em maio. No entanto, as regras do programa entre junho e julho não permitiram a adesão da BR Distribuidora.

“A gente está discutindo esse valor com órgãos competentes, como fica esse valor que não foi coberto. A gente está falando alguma coisa em torno de R$ 25 milhões. Achamos que tem muito mérito em obtermos. Gostaria que fosse o quanto antes”, afirmou.

A companhia importa combustíveis por meio da modalidade conta de ordem – em que uma empresa importadora promove, em nome da BR, o despacho aduaneiro de importação de mercadorias adquiridas por ela.

A inclusão dessa modalidade de importação no esquema de subsídios foi realizada na terceira fase do programa, iniciada em agosto. Por meio do programa de subsídios, importadoras e produtoras, como Petrobras, reduzem os preços contando com um ressarcimento do governo.

Futuro incerto – O executivo pontuou que não há clareza sobre o que acontecerá ao fim dos subsídios, no fim do ano. Ele defendeu que o mercado participe de uma possível solução de transição, mas evitou apresentar suas próprias propostas a jornalistas, durante a conferência Rio Oil & Gas.

“O subsídio está válido até o fim do ano. A partir de 1º de janeiro, a gente está entendendo que volta a sistemática anterior de preços livres”, disse Sá.

“Obviamente estamos preocupados em saber qual o nível de preços que terá na virada do ano, a gente tem visto o dólar e o petróleo subindo, isso causa uma preocupação em termos do nível do preço do combustível que irá ser praticado”.

Questionado se o preocupa uma possível corrida aos postos por consumidores, que poderão temer um aumento relevante dos preços ao virar do ano, Sá frisou que estará preparado para qualquer cenário.

“A gente obviamente não sabe o que vai acontecer. Se houver esse momento ou de corrida de consumo em postos, certamente a gente vai estar preparado para isso”, afirmou, explicando que atualmente não está elevando os estoques além do normalmente operado por eles.

Caso seja necessário aumentar estoques, em um cenário de demanda atípica próxima ao fim do programa, Sá afirmou que a BR poderá pedir maior suprimento para a Petrobras ou até mesmo realizar importações, se achar vantajoso. (Reuters)

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