Casa Fiat expõe o fascínio de São Francisco ao público de BH
4 de agosto de 2018
De quarta-feira (8) a 21 de outubro, a Casa Fiat de Cultura, no Circuito Liberdade (Praça da Liberdade, 10, Funcionários), em Belo Horizonte, espera receber entre 20 mil e 30 mil visitantes por semana, para apreciarem, gratuitamente, a exposição de pinturas “São Francisco na Arte de Mestres Italianos”. A estimativa de público é do presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo Lima Pereira, para quem o simbolismo de São Francisco no que se refere a causas modernas, como a questão ambiental, é forte atrativo. Um dos curadores da exposição, o diretor da Pinacoteca Civica Di Ascoli, na Itália, Stefano Papetti, ponderou, por videoconferência, que acredita-se que São Francisco seja o santo mais representado na iconografia ao longo da história. Isso porque, desde o século XIII, após a morte de São Francisco, na Itália, em 1226, os franciscanos perceberam a importância de preservar as obras de arte que divulgavam a ordem franciscana e seu fundador, enfim, a vida e os feitos de São Francisco. A mostra que entra em cartaz na Casa Fiat de Cultura reúne 20 obras, de 20 pintores italianos dos séculos XV a XVIII – como Tiziano Vecellio, Perugino, Orazio Gentileschi, Guido Reni, Guercino, Carracci e Cigoli –, selecionadas a partir de seu estado de conservação, da qualidade artística e do renome de seus autores. As obras pertencem a acervos de 15 museus de sete cidades da Itália. A exposição, detalhou ainda o professor Stefano Papetti, está dividida em três núcleos, para expressar como evoluiu a retratação da imagem de São Francisco. A primeira fase, representada por quatro obras, o revela sozinho, vestido de maneira simples, com hábito gasto. É a arte renascentista e barroca, centrada em sua aparência singela e sofrida. A segunda fase, que reúne 12 obras, é a dos estigmas, na qual São Francisco aparece com chagas semelhantes às de Cristo, chamadas também de estigmas. Nesse período, o pintor que melhor o retratou foi Giotto (1267-1337), famoso pelo ciclo de afrescos da Basílica Superior de Assis, na Itália, cidade na qual nasceu São Francisco. Uma das atrações da exposição que a Casa Fiat de Cultura abre ao público na quarta-feira (8), inclusive, é a sala Realidade Virtual, que permitirá ao público visitar a Basílica Superior de Assis (1228) usando óculos de tecnologia 3D e fazer um passeio virtual pelas obras-primas de Giotto. Maior obra – No terceiro núcleo da exposição, também com quatro obras, São Francisco começa a ser representado com outros santos, alguns deles também franciscanos, como Santo Antônio. Nessa fase está a maior obra da mostra, “San Francesco riceve le stimmate” (1570), de Tiziano Vecellio, com cerca de três metros de altura. Quando pintou a tela, Tiziano tinha quase 80 anos e usava inclusive os dedos para espalmar a tinta, de forma que as imagens parecem mal definidas, o que deu à obra uma característica, para a época, de “modernidade desconcertante”. “A Iconografia de São Francisco na arte italiana, do medieval ao barroco” será ainda tema do projeto Quartas Italianas, na Casa Fiat de Cultura, na quarta-feira (8), às 19h30, tendo como palestrante Stefano Papetti. A entrada é gratuita. Para 2019, o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo Lima Pereira, adiantou que está sendo preparada uma exposição com grandes artistas que têm obras preservadas em pequenos mosteiros e pequenas capelas da Itália.

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