São Paulo – Comercializadoras de energia estão diversificando negócios, com investimento em novas áreas que vão de geração a baterias e tecnologia, em meio a uma expansão acelerada do chamado mercado livre de eletricidade. O movimento, que também passa pela criação de novas empresas no próprio setor de comercialização, incluindo em outros países, é puxado pelo aumento da concorrência com o bom momento do mercado, que levou o número de comercializadoras a saltar 50% desde 2015. As comercializadoras têm se fortalecido com negócios com grandes consumidores, como indústrias, que podem negociar contratos de suprimento no mercado livre a preços em geral mais atrativos que os cobrados pelas distribuidoras. A Tradener, por exemplo, aposta na expansão para geração. A empresa conquistou em um leilão do governo em 2016 a autorização para construir uma pequena hidrelétrica e está de olho em mais ativos para investir R$ 850 milhões até 2020. “Temos acompanhado algumas oportunidades tanto em pequenas hidrelétricas quanto em eólicas. Ter ativos de geração no portfólio dá maior solidez ao balanço e aumenta a credibilidade nas operações como comercializadora. É algo bem visto no mercado e interessante também como diversificação”, revelou o diretor de Novos Negócios da Tradener, Ricardo Aquino. Ele afirmou que a empresa pode participar com três projetos de pequenas usinas hídricas em um leilão do governo em agosto que contratará projetos para entrega em 2024, o chamado “A-6”. Já em eólicas, a Tradener quer comprar um projeto operacional de pequeno porte e investir na expansão da usina para atender seus clientes no mercado livre. A empresa avalia que o negócio pode ser fechado em 2019 e envolver 150 megawatts em capacidade. Na Comerc Energia, os primeiros passos além da comercialização foram a prestação de consultoria em eficiência energética e geração solar. Mas somente neste ano o grupo lançou mais duas iniciativas: uma voltada a projetos de armazenamento de energia com baterias (MicroPower-Comerc) e uma empresa de tecnologia (Doc88). “Muitas das comercializadoras focam mesmo no ‘trading, na compra e venda de energia… mas há algumas que estão indo mais para o lado dos serviços. A gente tem feito isso bastante, buscado virar uma empresa de soluções”, apontou o presidente da Comerc, Cristopher Vlavianos. A MicroPower-Comerc atuará na montagem de modelos financeiros e comerciais que viabilizem projetos com baterias para clientes, enquanto a Doc88 vai desenvolver e vender serviços e sistemas a terceiros. “Tem uma série de outros serviços que você pode oferecer ao cliente que podem agregar valor”, apontou Vlavianos. Geração própria – Outra comercializadora que tem seguido essa toada é a Ecom Energia, que passou a assessorar clientes interessados em instalar sistemas de geração própria, como placas solares em telhados, e ainda começou a investir em geração, mas no Chile.
COTAÇÃO DE 16/06/2022
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