Cotação do minério de ferro avança e aço tem queda

20 de julho de 2019 às 0h03

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Manila – O contrato referencial do vergalhão de aço da China caiu nesta sexta-feira, estendendo as perdas para uma terceira sessão, em meio à demanda sazonalmente lenta pelo material de construção na maior produtora e consumidora de aço do mundo, embora tenha registrado seu primeiro ganho semanal no mês.

Os preços do minério de ferro subiram, mas o volume de negócios diminuiu depois que a bolsa de Dalian, da China, aumentou as taxas da transação para todos os contratos futuros da commodity, a partir de quinta-feira.

O vergalhão para outubro da bolsa de Xangai caiu 0,3% para 4.001 iuanes (582,08 dólares) a tonelada. Subiu 0,2% na última semana.

“Continuamos a captar a fraqueza na atividade manufatureira e de construção, o que deve significar que a demanda por aço ficará sob pressão”, disse o analista da Marex, Hui Heng Tan, em Cingapura.

A demanda por vergalhão na China é geralmente lenta durante os meses de verão, de junho a agosto, quando a alta temperatura e as chuvas contínuas dificultam as atividades de construção.

O contrato de minério de ferro negociado em Dalian, para entrega em setembro, subiu 2,4% para 916 iuanes por tonelada, marcando a sexta semana consecutiva de alta.

A referência de minério de ferro, que bateu o recorde de 924,50 iuanes a tonelada na bolsa, na terça-feira, mais que dobrou de valor neste ano, em meio a cortes de oferta nos principais exportadores (Austrália e do Brasil).

No mercado físico, o preço do minério com 62% de teor de ferro para entrega na China teve leve alta nesta sexta-feira, para 122 dólares a tonelada, ainda pairando perto da máxima de cinco anos e meio, de US$ 126,50, mostraram dados da consultoria SteelHome.

Frete – O principal índice de frete marítimo da bolsa do Báltico subiu para o maior nível desde dezembro de 2013 nesta sexta-feira, impulsionado pela firme demanda por navios capesize e panamax.

O índice Báltico, que inclui as taxas dos navios que transportam commodities sólidas, subiu quase 2%, ou 40 pontos, para 2.170, um pico desde 24 de dezembro de 2013.

O indicador subiu pela nona sessão consecutiva, impulsionado principalmente pela forte demanda por navios que enviam minério de ferro do Brasil para a China.

“A Vale retomou as operações na mina de minério de ferro de Brucutu de 33 milhões de toneladas, levando a um aumento forte na atividade de fixações e a uma alta ainda maior nas taxas spot de capesize”, disse Randy Giveans, vice-presidente de pesquisa de patrimônio da Jefferies.

A Vale anunciou a retomada de Brucutu, seu maior complexo minerário em Minas Gerais, em meados de junho.

Maior produtora global de minério de ferro, a Vale estava operando apenas com um terço da capacidade em Brucutu, devido a uma liminar que impedia a utilização da barragem Laranjeiras, de rejeitos de minério de ferro, após o desastre de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O índice de capesize ganhou 123 pontos, ou cerca de 3%, para 4.379 pontos, um pico desde outubro de 2010.

A média de ganhos diários para capesizes, que normalmente transportam 170-180 mil toneladas de cargas, como minério de ferro e carvão, subiu US$ 546 dólares, para US$ 32.765. (Reuters)

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