Exportações mineiras avançam 44% de janeiro a março

14 de abril de 2021 às 0h27

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Crédito: Divulgação

Ao longo do primeiro trimestre, as exportações de Minas Gerais somaram US$ 7,66 bilhões, avanço de 44% sobre o mesmo período de 2020, quando os embarques movimentaram US$ 5,3 bilhões.

No intervalo, o saldo da balança comercial mineira chegou a US$ 5,02 bilhões, superando em 56,25% os US$ 3,2 bilhões de saldo registrados nos três primeiros meses de 2020. Somente as exportações de minério de ferro cresceram 134% no período. 

Os dados são do Ministério da Economia e indicam que em março foi registrada alta de 60,4% na receita das exportações, que movimentaram US$ 3,1 bilhões.  

De janeiro a março, as importações feitas por Minas Gerais movimentaram US$ 2,6 bilhões. As compras do Estado no exterior ficaram 23,6% maiores que as feitas em igual período do ano anterior, quando a movimentação chegou a US$ 2,1 bilhões. Em março, as importações cresceram 38,4% frente a igual mês do ano anterior, somando US$ 997 milhões.

Ainda durante o primeiro trimestre, a maior parte das importações foi de adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos), que movimentaram US$ 181 milhões, valor 48% maior que os US$ 123 milhões registrados no mesmo período do ano passado. 

Com o resultado das importações e exportações, nos primeiros três meses de 2021, foi gerado saldo na balança comercial estadual de US$ 5,02 bilhões – resultado 56,25% maior que na mesma época de 2020.

A corrente comercial, que é a soma das exportações e importações, também avançou no primeiro trimestre. No período, o cálculo chegou a US$ 10,3 bilhões, elevação de 38,2% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.

Dentre os países parceiros, a China se manteve como o principal. As exportações para o país asiático somaram US$ 2,8 bilhões, superando em 89,2% ou em US$ 1,32 bilhão a receita movimentada no primeiro trimestre de 2020. Assim, a China respondeu por 36,6% das negociações no período. Em seguida vieram os Estados Unidos (6,5%) e Alemanha (5%).

Produtos destaques nas exportações de Minas Gerais

Os dados também mostram que o minério de ferro e seus concentrados foi o principal produto exportado pelo Estado entre janeiro e março. Ao todo, os embarques movimentaram US$ 3,6 bilhões, alta de 134% frente aos US$ 1,55 bilhão registrados em igual período do ano anterior.

Apenas os embarques do insumo siderúrgico foram responsáveis por 47% da receita gerada pelas exportações totais feitas por Minas Gerais. 

O segundo maior produto exportado pelo Estado foi o café não torrado. As negociações  do grão com o mercado externo movimentaram US$ 1,11 bilhão, ampliando em 21,6% ou em US$ 197 milhões a receita gerada no primeiro trimestre de 2020, que foi de US$ 912 milhões. Os embarques do grão responderam por 14% da receita gerada com as exportações totais. 

Ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas foram responsáveis pela movimentação de US$ 582 milhões em exportações, valor que superou em 1,9% os US$ 571 milhões registrados no mesmo intervalo de 2020.  

Foi visto aumento também na receita gerada com as exportações de ouro não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) que chegou a US$ 426 milhões, alta de 13,2%.

Já os embarques de soja caíram 6,7%, com as exportações movimentando US$ 228 milhões, ante US$ 245 milhões anteriores.

Revisão da Metodologia

No início de abril, o Ministério da Economia revisou a metodologia adotada para a análise das estatísticas da balança comercial. Com o novo modelo, foram recalculados os parâmetros para os números da série histórica, que foi iniciada em 1997. Houve grande alteração no valor do saldo da balança comercial, que foi reduzido em 16,5% no intervalo até 2020.

Em nível nacional, com a revisão, o valor exportado ficou 1,4% inferior ao valor total exportado entre 1997 e 2020 divulgado anteriormente. No mesmo período, a importação revisada ficou 1,6% superior à da metodologia anterior. Já a corrente de comércio permaneceu praticamente inalterada, com redução de 0,02%.

Um dos maiores impactos da modificação foi visto no saldo da balança comercial, que entre 1997 e 2020 apresentou redução de 16,5% frente aos dados anteriores. Com a mudança, os resultados do primeiro trimestre de 2021 foram favorecidos e ficaram bem maiores. 

A mudança de critérios contribuiu para uma elevação do superávit, já que a base de comparação ficou menor. No caso da balança comercial, o saldo passou de US$ 1,64 bilhão no acumulado até março para US$ 7,90 bilhões.

Em nota, o Ministério da Economia, informou que “o objetivo da revisão é aprimorar a qualidade, a disponibilidade dos dados e aumentar a transparência dos processos de compilação e disseminação das estatísticas brasileiras de comércio exterior”.

As principais mudanças que afetam os valores de exportação, importação e, consequentemente, o saldo e a corrente de comércio, dizem respeito à inclusão das importações feitas sob amparo do Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Aduaneiro Informatizado (Recof), que deixaram de ser tratadas como importações administrativas e passam a ser tratadas como efetivas.

Também foram excluídas e divulgadas em separado as importações definitivas amparadas pelo Repetro com origem no Brasil. O Repetro é o regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens que se destina às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e gás natural.

As exclusões alcançam plataformas e outros equipamentos usados na exploração de petróleo e gás que foram fabricados no Brasil, exportadas definitivamente na modalidade ficta, recepcionadas em admissão temporária e, recentemente, nacionalizadas de forma definitiva como origem no Brasil.

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