Faturamento com embarques do Estado cai 3%

14 de setembro de 2018 às 0h05

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Em volume, as exportações cresceram 12,3% nos oito meses, mas o preço pago a produtos como o café recuou 8,57% - Divulgação

As exportações do agronegócio de Minas Gerais encerraram os primeiros oito meses de 2018 com queda de 3% no faturamento quando comparado com igual intervalo de 2017. As negociações de produtos agrícolas e pecuários movimentaram US$ 5,11 bilhões, ante os US$ 5,27 bilhões obtidos de janeiro a agosto de 2017. Entre os fatores que justificam o menor faturamento está a retração observada na cotação da tonelada dos produtos agropecuários e a queda verificada no desempenho de importantes produtos, como o café e o grupo das carnes, por exemplo.

De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), entre janeiro e agosto de 2018, Minas Gerais destinou 7,2 milhões de toneladas de produtos agropecuários ao mercado internacional, um avanço de 12,3% quando comparado com as 6,4 milhões de toneladas embarcadas em igual período do ano anterior.

No intervalo, o preço médio pago pela tonelada, US$ 710,11, retraiu 13,6% quando comparado com o valor de US$ 821,91 por tonelada praticado no mesmo período de 2017.

Apesar do menor valor, foi registrado superávit na balança comercial do setor. O levantamento da Seapa mostra um saldo, nos primeiros oito meses de 2018, de US$ 4,6 bilhões, redução de 4,72% quando comparado com os US$ 4,9 bilhões de saldo em igual intervalo de 2017.

Mantendo a mesma base de comparação, as importações do agronegócio somaram US$ 443,4 milhões, frente aos US$ 368,2 milhões movimentados anteriormente, aumento de 20,43%. Ao todo, Minas Gerais importou 497,2 mil toneladas de produtos agropecuários, aumento de 18,96%, frente as 417,9 mil toneladas importadas entre janeiro e agosto de 2017.

Segundo a Seapa, os principais parceiros do agronegócio mineiro são a China, com a movimentação de US$ 1,42 bilhão em produtos agropecuários e respondendo por 27,8% das exportações mineiras, seguida pelos Estados Unidos (US$ 406,9 milhões e respondendo por 8%), Alemanha (US$ 354,7 milhões – 6,9%), Rússia (US$ 292,6 milhões – 5,7%) e Itália (US$ 264,9 milhões – 5,2%).

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Produtos – No período, o café, principal produto da pauta exportadora do agronegócio mineiro, apresentou retração de 19,3% no faturamento gerado com os embarques, que encerrou o período em US$ 1,76 bilhão. Em volume, a retração ficou em 11,7%. Ao todo, foram destinadas ao mercado internacional 675 mil toneladas de café.

Além da queda no volume embarcado, contribuiu para a retração no faturamento das exportações de café o menor valor pago pela tonelada do grão. Enquanto a média de preço praticada entre janeiro e agosto de 2017 foi de US$ 2.858 por tonelada, em igual intervalo do ano atual, o volume foi comercializado a US$ 2.613, valor 8,57% menor.

Carnes – Resultado negativo também foi observado no grupo das carnes. Entre janeiro e agosto a retração no faturamento alcançou 22,4%, com o grupo movimentando US$ 503,8 milhões em embarques. Em relação ao volume, a queda foi de 19,3%. Ao todo, foram destinadas ao mercado externo 202,9 mil toneladas de carnes.

Entre as principais carnes, a maior retração foi verificada nos embarques de frango. Minas Gerais exportou 40,4% a menos do produto, com o embarque de 78,6 mil toneladas. As negociações movimentaram US$ 120 milhões, valor que ficou 43% inferior.
No segmento de suínos a queda no volume exportado chegou a 35,5%, com exportação de 8,2 mil toneladas. Com o embarque menor, o faturamento retraiu 38,1% e somou US$ 15,76 milhões.

Os embarques de carne bovina retraíram 5,5%, encerrando o período com faturamento de US$ 353,2 milhões. Minas Gerais exportou 110,8 mil toneladas do produto, volume 19,4% maior.

Sucroalcooleiro – De acordo com os dados da Seapa, o complexo sucroalcooleiro movimentou US$ 489,6 milhões com os embarques, queda de 40,1% frente a igual intervalo de 2017. Em volume exportado, a retração foi de 19,8% e foram destinadas 1,55 milhão de toneladas ao mercado internacional.

Somente nos embarques de açúcar foi verificada retração de 40,4% em faturamento, US$ 482,5 milhões, e de 19,9% em toneladas exportadas, 1,54 milhão.

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