Indústria de alimentos em Minas projeta alta nas vendas neste ano

1 de setembro de 2020 às 0h20

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Desvalorização do real frente ao dólar tem favorecido as vendas da indústria de alimentos mineira nos mercados interno e externo | Crédito: ALISSON J. SILVA

A indústria de alimentos em Minas Gerais está superando os desafios provocados pela pandemia de Covid-19 e vai encerrar 2020 com crescimento nas vendas. Adotando protocolos eficientes para conter a disseminação do coronavírus, a indústria manteve o abastecimento do mercado interno, exportou e está planejando o futuro.

Por serem muito variados, de janeiro a julho, os diferentes setores apresentaram crescimento, que vão de 2% a 6%. Com a tendência de aumento da demanda por alimentos no mundo, o setor está aproveitando os juros baixos e o mercado firme para investir na modernização dos parques fabris e no aumento da capacidade.

De acordo com o presidente de Câmara de Alimentos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Mário Morais Marques, apesar dos problemas causados pela pandemia de Covid-19, as indústrias de alimentos se adaptaram e estão conseguindo atender a demanda, que está em crescimento.

“Mesmo com a pandemia, a indústria de alimentos vem apresentando crescimento. Tivemos desafios, como o aumento dos preços das matérias-primas e a implantação de protocolos rigorosos para evitar a disseminação do vírus. A indústria está conseguindo fazer a sua parte e garantindo o fornecimento de alimentos, que não parou. Os empresários se organizaram e todas as indústrias adotaram sistema de prevenção, de controle dos funcionários e da produção, o que foi essencial para garantir o abastecimento”, disse.

Ainda segundo Marques, vários fatores vêm contribuindo para o bom desempenho das indústrias do setor. Dentre eles, um dos principais é a desvalorização do real frente ao dólar, que desestimulou as importações de alimentos, favorecendo a expansão da demanda pelos itens nacionais. Além disso, com o dólar elevado, os embarques do setor foram alavancados, uma vez que o produto brasileiro se tornou mais competitivo no mercado internacional.

“Estamos registrando alta na nossa demanda, por ser um setor muito variado, não temos um índice de crescimento geral, mas, todos os segmentos apresentaram alta nos primeiros sete meses do ano, frente a igual período de 2019, que vão de 2% a 6%, dependendo do ramo”, disse.

Aportes – Com a demanda elevada, o retorno financeiro e a tendência de manutenção dos pedidos em crescimento ao longo dos próximos anos, a indústria de alimentos do Estado está investindo em expansão e modernização das unidades.

“O momento é favorável e o setor está investindo. Além da demanda maior, as importações foram reduzidas e os juros estão baixos. Todos esses fatores garantem um maior ânimo da indústria para investimentos em automatização, na melhoria e aumento de produção, inclusive com a aquisição de novos e mais modernos equipamentos. A tendência é que o setor passe por um momento muito favorável de aumento da demanda. A população mundial está crescendo e necessitando de mais alimentos, por isso, a indústria mineira precisa aproveitar o momento para investir e conseguir atender a este mercado crescente”, explicou Marques.

Expectativas – Para o restante do ano, as expectativas em relação ao desempenho do setor são positivas. Com a retomada da maior parte das atividades econômicas, a tendência é de uma maior movimentação do mercado, o que pode gerar resultados ainda melhores para a indústria de alimentos.

“Nossas expectativas são extremamente positivas. Com as demais atividades econômicas voltando à normalidade, com certeza, esperamos um aumento na demanda”.

Com os resultados positivos, Marques explica que a grande parte da indústria de alimentos manteve ou ampliou a mão de obra empregada, o que foi importante para o momento de crise. A tendência é que o setor continue ampliando o quadro de funcionários e investindo, contribuindo para a movimentação de diversos outros setores e para a retomada econômica do País.

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