Despesas pessoais ajudam a pressionar a inflação

7 de novembro de 2018 às 0h07

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O custo de vida em Belo Horizonte fechou o mês de outubro com variação positiva. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), apresentou alta de 0,29% em relação a setembro do mesmo ano. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice registrou alta de 5,25%.

O resultado do acumulado do ano atingiu o centro da meta previsto para 2018, na marca dos 4,49%. A coordenadora de pesquisa e desenvolvimento do Ipead, Thaize Martins, destaca que o centro da meta deverá ser ultrapassado, uma vez que ainda faltam dois meses para o fechamento do ano.

“A expectativa do início do ano era manter uma inflação mais baixa na base comparativa com 2017. Como novembro e dezembro são meses característicos de alta, vamos ultrapassar o centro da meta, mas ainda ficaremos dentro do limite superior que é 6,5%”, explicou.

O grupo de despesas pessoais foi o que registrou a maior variação positiva durante o mês de outubro, com alta de 0,49%. Já entre os itens agregados que compõe o índice, os alimentos in natura aumentaram 2,91%, os itens de vestuário e complementos 2,88% e os artigos de residência 1,45%.

Os produtos que mais contribuíram para a variação do IPCA em outubro deste ano foram excursões, com alta de 7,58% e contribuição de 0,17 ponto percentual na variação do índice e as passagens aéreas que registraram alta de 17,89% e contribuíram com 0,03 p.p. A influência desses itens no índice geral pode ser justificada pelos feriados de 12 de outubro e 2 de novembro e pela proximidade da alta.

Cesta básica – A variação positiva do IPCA também causou impactos no custo da cesta básica, que representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação. Após três meses de quedas consecutivas, o custo da cesta apresentou alta de 6,11% entre setembro e outubro de 2018.

Fortemente influenciado pelo preço do tomate santa cruz, que aumentou 49,66% em relação ao mês anterior, o valor da cesta em outubro foi de R$ 392,74, o equivalente a 41,17% do salário mínimo.

Os aumentos nos preços da banana-caturra (14,46%), da batata-inglesa (13,28%) e do açúcar cristal (8,63%) também foram responsáveis pelo aumento do valor geral da cesta.
Apesar da forte alta no mês, Thaize Martins ressalta que, no acumulado do ano, o custo da cesta básica está abaixo da inflação, em 2,48%.

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