Rio de Janeiro – Um leilão para a privatização de quatro distribuidoras de energia da Eletrobras agendado para 30 de agosto pode ser adiado se um projeto de lei visto como essencial para viabilizar a venda das empresas não for aprovado pelo Senado nas próximas duas semanas, disse na sexta-feira (10) uma fonte com conhecimento direto do assunto. A matéria já foi aprovada na Câmara dos Deputados, mas o presidente do Senado, Eunício Oliveira, resolveu encaminhar o texto para apreciação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de levá-lo para discussão no Plenário, o que ameaça o cronograma para deliberação da proposta a tempo para o leilão. Especialistas consideram que o leilão dificilmente atrairia interessados sem a aprovação do projeto, que resolveria passivos das empresas junto a fundos do setor elétrico, e analistas do banco UBS escreveram em relatório na quinta-feira avaliar que o certame “provavelmente será postergado”. “O ideal seria ter o projeto aprovado até o dia 24… se a aprovação do projeto de lei não for possível, o melhor é adiar o leilão”, apontou a fonte, que falou sob a condição de anonimato, devido à sensibilidade do tema. As distribuidoras da Eletrobras no Norte e Nordeste são fortemente deficitárias, e a estatal conta com a venda das companhias para melhorar seus resultados. A fonte, próxima da organização do leilão, adicionou que existem esforços políticos em andamento para viabilizar a licitação, embora exista um clima de relativa apreensão no governo sobre a realização do certame. Uma segunda fonte revelou à Reuters que o presidente Temer foi envolvido nas conversas sobre o leilão, para apoiar negociações junto ao presidente do Senado que possam eventualmente levar a votação mais rápida do projeto sobre as distribuidoras. “É importante entender a importância dessa matéria para as distribuidoras e para a Eletrobras”, afirmou a fonte. A Eletrobras também quer vender a Ceal, distribuidora de Alagoas, mas o leilão da companhia ainda não foi agendado, devido a uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu a licitação da companhia após ação movida pelo governo alagoano. A negociação das distribuidoras também seria importante para atrair mais interesse na Eletrobras, em um cenário de eventual privatização da companhia – um projeto de lei do governo sobre a desestatização teve a tramitação congelada na Câmara dos Deputados devido à resistência política à proposta. Chuva – O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) elevou projeções de chuva em agosto na área das hidrelétricas do Sudeste, que concentra os maiores reservatórios, e reduziu a previsão de carga de energia, o que diminuiu o custo de operação estimado para a próxima semana, segundo relatório divulgado na sexta-feira (10). O órgão do setor elétrico apontou que as precipitações no Sudeste devem chegar a 82% da média neste mês, ante 70% na previsão da semana passada. Já a carga no Brasil deve crescer 3,1%, ante estimativa anterior de 3,3%. Com mais água chegando aos reservatórios e carga ligeiramente menor, o custo marginal de operação do sistema elétrico esperado pelo NOS para a próxima semana é de em média R$ 753,45 por megawatt-hora, contra R$ 784,90 na semana anterior.
COTAÇÃO DE 29/07/2022
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