Novo fundo de investimentos devolve ganhos em garrafas de vinho

7 de junho de 2022 às 13h44

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Quem fizer o investimento no fundo master, baseado no exterior, vai poder fazer o resgate em garrafas de vinho ou no valor equivalente | Crédito: Freepik

São Paulo – A Vitreo Gestão, casa que faz parte do Grupo Empiricus, anunciou nesta segunda-feira (6) o lançamento do fundo de investimento “Empiricus Oeno Vinhos Finos”, primeiro produto do portfólio da gestora que busca oportunidades de ganhos com o mercado de vinhos de luxo.

O fundo, exclusivo para investidores profissionais (com mais de R$ 10 milhões em aplicações financeiras), foi estruturado com a gestora e administradora de vinhos Oeno Asset, empresa que faz parte do grupo inglês de mesmo nome e que chegou ao Brasil neste ano.

Desenvolvido como um Fundo de Investimento Multimercado (FIM), o Empiricus Oeno Vinhos Finos exige um aporte inicial de R$ 50 mil. O fundo conta com uma estrutura no exterior baseada nas Ilhas Cayman e com uma versão local que espelha o fundo estrangeiro.

Quem fizer o investimento no fundo master, baseado no exterior, vai poder fazer o resgate em garrafas de vinho ou no valor equivalente. Entre os vinhos que devem estar na carteira do novo fundo, estão nomes como Domaine de la Romanee-Conti, Henri Jayer Echezeaux Grand Cru, Petrus, Egon Muller e Boerl & Kroff. Segundo a gestora, em média, os rótulos variam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, mas alguns podem até superar esse montante.

O fundo tem um benchmark de retorno absoluto, com expectativa de retorno de 10% em libra sobre o Liv-Ex, a bolsa de valores dos vinhos finos de Londres. A projeção de retorno é em libra porque a custódia dos ativos fica no Reino Unido.

“O nosso objetivo é fortalecer a imagem da gestora como uma casa cada vez mais especializada em investimentos alternativos no Brasil”, afirmou George Wachsmann, CEO da Vitreo Gestão, em nota. “Dessa vez, estamos fazendo isso com o que o mercado chama de passion asset, que são ativos que mexem com a paixão de quem investe, o que ocorre com os investidores que gostam de colocar seus recursos em obras de arte ou em carros antigos, por exemplo.”

“Os vinhos finos são ativos com dinâmica fundamental própria de oferta e demanda. Eles têm uma oferta inelástica, não tem como aumentar a produção para dar conta de todo o consumo e demanda global. Além do mais, nós trabalhamos com os melhores vinhos do mundo, que já possuem histórico de centenas de anos”, disse Victor Hugo Cotoski, gestor sênior de portfólios da Oeno Group.

De acordo com a gestora e administradora de vinhos, a seleção dos vinhos vai levar em conta critérios como diversificação geográfica, liquidez e potencial de retorno. “Investir em vinhos é investir em um ativo real dolarizado “, acrescentou Cotoski.

Cálculos apontados pelo especialista indicam que um investidor que tivesse aportado, em 2000, cerca de R$ 100 mil em uma carteira com os melhores vinhos da região de Bordeaux e Borgonha teria hoje por volta de R$ 2 milhões.

A expectativa das duas gestoras é captar R$ 100 milhões no primeiro ano de operação do fundo.

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