Panificação atenta às tendências do mercado

14 de novembro de 2018 às 0h01

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Outro setor que aposta na vida saudável como vetor de negócios é a panificação. O estudo “Balanço e tendências do mercado de panificação e confeitaria”, divulgado este ano pela Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip), traçou sete tendências para o setor de panificação e confeitaria, que colocam em outro contexto as políticas de mercado, de consumo e de percepção social. Entre elas, três têm ligação direta com a saudabilidade como valor de marca:

– Saudabilidade: na área de panificação e confeitaria pode-se elencar o uso de farinha de trigo orgânico; o abandono ao uso de corantes artificiais, substituindo-os por corantes extraídos de frutos, ervas e derivados naturais; os pães com excesso de grãos; além da ampliação do mix com produtos adequados as restrições alimentares (celíacos, vegetarianos e veganos, majoritariamente). A regra é: quanto mais natural melhor. Extraídos de ervas, flores, frutos, sementes, mel, favos, leveduras, enzimas e outras séries de derivados vegetais, esses itens chamam atenção pela complexidade, variedade de mix e resultado final nos produtos. Textura leve, artesanal, com grãos em abundância – não só na apresentação, mas no miolo.

– Massa Madre: esse tipo de produto se destaca por seu sabor característico, com fermentações levando até 40 horas. O resultado é um pão de alto valor agregado, mais saudável e agora agregado ao uso abundante de cereais.

– Experiência: Além dos grupos de veganos, celíacos e vegetarianos (ou aqueles que desejam ou necessitam de alimentos com ingredientes adequados a restrições alimentares), entram nesse mercado os potenciais clientes que buscam desenvolver relações sociais com as empresas.

Segundo o presidente da Abip, José Batista de Oliveira, assim como na Europa, no Brasil existe um nicho de mercado expressivo que busca por produtos com percepção de saudabilidade. “A panificação tem como objetivo atender as necessidades do cliente. Estivemos em uma feira na Europa em que os produtos orgânicos estiveram em evidência. Falamos em nicho porque esse é um grupo de pessoas mais preocupadas com a saúde e menos com o custo dessa alimentação”, afirma Oliveira.

Apesar do setor de panificação e confeitaria ser bastante pulverizado, a Abip tem se esforçado para fazer com que as informações sobre tendências cheguem a todo o trade. Isso levando-se em conta as características e a cultura de cada lugar.

“Há, principalmente, nessas novas gerações uma preocupação grande a qualidade, a leitura dos rótulos, a percepção de frescor dos produtos. Uma parte das empresas já entendeu isso. Como a saudabilidade é um atributo mais seleto, as empresas mais atentas e que estão localizadas próximas a esse público já estão sabendo se utilizar dessa tendência. O Brasil é muito grande, com uma infinidade de insumos em cada região. É possível fazer uma panificação e uma confeitaria com muito sabor e com grande valor nutricional”, destaca o presidente da Abip. (DM)

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