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Pensando na sustentabilidade

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  • Por Diário do Comércio
  • Em 2 de agosto de 2018 às 00:00

O último relatório sobre perspectivas da população mundial apresentado pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que até 2030 podemos alcançar a marca de 8,6 bilhões de pessoas no planeta. Isso significa um aumento de 1 bilhão de habitantes nos próximos 12 anos. De fato, ainda teremos espaço para todos, mas, sem dúvida, esta nova estimativa reforça a urgência de um conjunto de medidas que possam minimizar os impactos no meio ambiente – e de atitudes que não são mais a longo prazo. O aumento populacional está atrelado à nossa taxa de longevidade. Com a ajuda da tecnologia, aplicada à medicina, alcançamos o índice recorde e a notícia positiva de que estamos vivendo mais aumenta também a nossa responsabilidade com o futuro. Em 2030, além de sermos quase 9 bilhões de pessoas, como estima a ONU, quebraremos, possivelmente, a barreira dos 90 anos, segundo uma pesquisa sobre expectativa de vida no mundo, feita pelo Imperial College London, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). E, afinal, o planeta terá recursos suficientes para alimentar todos os seres vivos? Em 2005, um estudo da ONU envolvendo mais de mil pesquisadores de 95 países, definido como Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM) para diagnóstico das alterações sofridas por ecossistemas em escala global, nacional, regional e local e das consequências de tais alterações para o futuro da humanidade, colocou em evidência o termo Serviços Ambientais, ou seja, os benefícios que os ecossistemas oferecem ao ser humano para que ele possa sobreviver. Classificados em serviços de provisão (fonte de alimentos, água, madeira e etc.), de regulação (absorção de CO2, controle do clima, de doenças e pragas), de suporte (formação do solo e ciclagem de nutrientes) e culturais (pelo valor recreativo, educativo, estético ou religioso), os serviços ambientais se tornaram objeto de interesse para inúmeras áreas do saber e, ao longo dos próximos anos, devem se manter em destaque, especialmente por conta do crescimento populacional, que aumenta a demanda por recursos naturais e pode alterar os ecossistemas que garantem a sobrevivência de inúmeras espécies, inclusive a nossa. Com o tema em evidência, o setor do agronegócio, que por natureza ocupa parte significativa dos territórios e dos serviços ambientais a fim de gerar produtos e alimentos, tem o desafio de repensar a forma como utiliza os recursos naturais. Para se sustentar, o agronegócio tem se aliado às técnicas mais sustentáveis de ocupação, manejo do solo e dos recursos naturais, incluindo a água, o plantio direto, a irrigação de precisão, a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso cuidadoso de nutrientes e agentes químicos diversos. E essa interação, entre ciências agrárias e outras áreas do saber científico, tem dado resultados positivos de tal modo que já é possível que os sistemas produtivos não apenas demandem menos dos serviços ambientais, mas que também contribuam para sua melhoria e maior provisão. No Brasil, no campo das políticas públicas, surgiram mecanismos regulatórios e de estímulo a essa abordagem, como o Código Floresta, o Plano ABC (Agricultura de Baixa emissão de Carbono) e, até mesmo, incentivos fiscais a produtores que adotem práticas conservacionistas, modelo chamado de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que tem beneficiado pequenos produtores. Em 2015, países-membros da ONU, incluindo o Brasil, definiram 17 objetivos para um plano de ação global (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS). Entre os objetivos estão o combate à pobreza, à fome (este tópico também aborda a questão da segurança alimentar) e à desigualdade socioeconômica, promoção de uma sociedade mais saudável, e gestão adequada dos recursos naturais. Paralelo às iniciativas no setor do agronegócio e no campo das políticas públicas, surgem, também, ações que estimulam o interesse pelo tema serviços ambientais nos setores público e privado. No início de março deste ano, o governo federal lançou o Prêmio ODS Brasil, com o objetivo de reconhecer boas práticas locais para o cumprimento das metas que compõe os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. No mesmo mês, a Fundação Bunge anunciou a área de serviços ambientais como tema do tradicional Prêmio Fundação Bunge, que estimula novos talentos e reconhece profissionais que contribuem para as áreas da ciência e da cultura no Brasil. A aliança entre serviços ambientais e o agronegócio é rica em possibilidades e deve avançar cada vez mais pensando na sustentabilidade e preservação dos ecossistemas. Todos nós sairemos ganhando com isso, afinal, a chuva que cai em diferentes regiões do País depende da floresta amazônica em pé. É da biodiversidade preservada que depende a reserva de material genético necessária para que pesquisadores desenvolvam espécies e variedades de plantas adaptadas a diferentes condições ambientais. É de solos conservados e de matas preservadas que dependem empreendimentos mais prósperos. Assim, para um mundo melhor e abundante em recursos essenciais para todas as espécies, é de suma importância criarmos uma conexão, um equilíbrio entre a preservação do meio ambiente e o agronegócio, que inclui também a agricultura familiar, responsável por boa parte dos alimentos que hoje estão nas nossas mesas de almoço e jantar. Somente com esse equilíbrio estaremos extraindo aquilo que é fundamental para a nossa sobrevivência e, ao mesmo tempo, repondo e incentivando a geração dos serviços que são produzidos pela mãe natureza. * Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e membro do Conselho Administrativo da Fundação Bunge

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