Receita de 12% das fintechs nacionais passa os R$ 10 mi

3 de outubro de 2018 às 0h01

As fintechs brasileiras, empresas de tecnologia que atuam no segmento financeiro, estão ganhando mercado. A receita bruta de 12% delas ultrapassou R$ 10 milhões em 2017, segundo a recém-lançada pesquisa FinTech Deep Dive 2018, da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs) em parceria com a PwC Brasil (PricewaterhouseCoopers). A maioria delas, 46%, tem como público-alvo tanto outras empresas quanto pessoas físicas, enquanto 32% atendem apenas outras empresas (no modelo de negócios B2B) e 17% apenas pessoas físicas (B2C).

“As fintechs oferecem segurança e experiências diferenciadas para seus clientes e tecnologia de ponta para instituições financeiras otimizarem sua capacidade operacional. Por atuarem em nichos específicos, de forma segmentada, conseguem oferecer alta performance por custos reduzidos”, ressalta o presidente da ABFintechs, Rodrigo Soeiro. A pesquisa constatou que 25% das fintechs brasileiras atuam com meios de pagamento, 21% no segmento de crédito, financiamento e negociação de dívidas e 8% com gestão financeira, entre outras categorias.

“A maioria das fintechs brasileiras, 92%, está nas regiões Sul e Sudeste do País. São Paulo é o grande celeiro, centralizando 58%. Constatamos que o total acumulado dessas empresas vem crescendo a cada ano desde 2011. Em 2017, havia 219 fintechs, 24% mais do que as 176 mapeadas em 2016. Para o levantamento, ouvimos 224 fintechs no primeiro semestre de 2018”, ressalta Luís Ruivo, sócio da PwC Brasil. Mais da metade dessas empresas, 51%, estão em fase inicial de operação, 28% em fase de expansão e 13% em fase de consolidação.

Outro destaque constatado pela pesquisa é que incubadoras e aceleradoras atraem pouco os empreendedores de fintechs. Tanto que 39% dos que foram consultados nunca recorreram a essas iniciativas de colaboração e 76% não pretendem recorrer no futuro ou ainda não se decidiram sobre isso.

Geração conectada – As ferramentas digitais passam a fazer parte do cotidiano das novas gerações, que, cada vez mais, utilizam dispositivos móveis para interagir, fazer compras e efetuar pagamentos. Trata-se de um cenário de disrupção acelerada, em que inovações em produtos e serviços criam novos mercados de consumidores. Por seu modelo digital e acesso simplificado, as fintechs se encontram em posição vantajosa para atrair usuários desbancarizados ou mal atendidos por instituições financeiras tradicionais.

“As fintechs estão reformulando a experiência do usuário, mudando as expectativas dos clientes e acelerando o ritmo da inovação no Brasil. Regulamentações específicas para suas operações estão sendo criadas, visando especialmente à competitividade no mercado, o que gera ainda mais confiança na população. Os desafios atuais são justamente expandir a base de clientes e conseguir maior participação de mercado”, conclui o presidente da ABFintechs.

A ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs) reúne cerca de 350 fintechs associadas e representa as iniciativas empreendedoras que promovem as maiores inovações em serviços financeiros em prol da sociedade brasileira. Fundada em outubro de 2016, tem como propósitos a geração de negócios, aproximação com órgãos reguladores e impacto social.

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